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Em 1808, quando as tropas napoleônicas invadiram a península ibérica e fizeram cativo o rei Fernando VII, não era possível prever ainda o impacto de tais eventos sobre o império colonial espanhol nas Américas. Entretanto, cerca de quinze anos depois, os outrora extensos domínios hispânicos no Novo Mundo que, em seu apogeu, chegaram a compreender uma faixa de terra ininterrupta entre a Califórnia e a Patagônia, haviam praticamente concluído, com a exceção das ilhas caribenhas de Cuba e Porto Rico, um processo de rompimento definitivo, em termos políticos, com sua antiga metrópole.
Diferentemente do que ocorrera paralelamente na América Portuguesa, em que a transferência da corte dos Bragança, no mesmo contexto das invasões napoleônicas, resultou em uma independência que manteve os antigos territórios lusitanos sob a égide da família real que se instalou no Brasil em 1808, na outrora América Espanhola formaram-se, primeira metade do século XIX, duas dezenas de Estados independentes que adotaram, com efêmeras exceções, a república como forma de governo e que se constituíram como verdadeiros laboratórios políticos da modernidade.
Como pensar os processos de independência na América Hispânica? De que forma as interpretações nacionalistas construídas no século XIX impactam ainda hoje a maneira como entendemos esses eventos? Podemos considerá-los como "revoluções"? Como se deu a participação de mulheres, negros, indígenas, mestiços e setores populares de maneira geral no curso desses acontecimentos? Por que, mesmo se constituindo como desdobramentos de um mesmo momento histórico, as emancipações do Brasil e da América Hispânica se apresentam como tão diferentes?
Para responder essas e outras questões convidamos para a entrevista Maria Elisa Noronha de Sá, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), especialista na história das independências da América Hispânica.
Esperamos que aproveitem a entrevista e nos sigam em nossas redes sociais.
Imagem do episódio:
Ponte Simón Bolívar, fronteira entre Venezuela e Colômbia. Fonte: Archivo Semana (Colômbia)
By Hora Americana5
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Em 1808, quando as tropas napoleônicas invadiram a península ibérica e fizeram cativo o rei Fernando VII, não era possível prever ainda o impacto de tais eventos sobre o império colonial espanhol nas Américas. Entretanto, cerca de quinze anos depois, os outrora extensos domínios hispânicos no Novo Mundo que, em seu apogeu, chegaram a compreender uma faixa de terra ininterrupta entre a Califórnia e a Patagônia, haviam praticamente concluído, com a exceção das ilhas caribenhas de Cuba e Porto Rico, um processo de rompimento definitivo, em termos políticos, com sua antiga metrópole.
Diferentemente do que ocorrera paralelamente na América Portuguesa, em que a transferência da corte dos Bragança, no mesmo contexto das invasões napoleônicas, resultou em uma independência que manteve os antigos territórios lusitanos sob a égide da família real que se instalou no Brasil em 1808, na outrora América Espanhola formaram-se, primeira metade do século XIX, duas dezenas de Estados independentes que adotaram, com efêmeras exceções, a república como forma de governo e que se constituíram como verdadeiros laboratórios políticos da modernidade.
Como pensar os processos de independência na América Hispânica? De que forma as interpretações nacionalistas construídas no século XIX impactam ainda hoje a maneira como entendemos esses eventos? Podemos considerá-los como "revoluções"? Como se deu a participação de mulheres, negros, indígenas, mestiços e setores populares de maneira geral no curso desses acontecimentos? Por que, mesmo se constituindo como desdobramentos de um mesmo momento histórico, as emancipações do Brasil e da América Hispânica se apresentam como tão diferentes?
Para responder essas e outras questões convidamos para a entrevista Maria Elisa Noronha de Sá, professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), especialista na história das independências da América Hispânica.
Esperamos que aproveitem a entrevista e nos sigam em nossas redes sociais.
Imagem do episódio:
Ponte Simón Bolívar, fronteira entre Venezuela e Colômbia. Fonte: Archivo Semana (Colômbia)

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