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Há um poeta do nosso tempo (ou do YouTube) que diz que quando a bola beija a rede é golo. Eu acrescento que haverá no mundo poucos momentos que me comovam mais do que esse instante em que, em comunhão, celebramos, ou choramos, a nossa sina.
Infelizmente, o futebol é ainda por muitos encarado como um privilégio masculino. Nas bancadas, no campo e no jornalismo, o lugar da mulher é apagado, diminuído, questionado. Somos chutadas para canto muito mais facilmente. Porquê?
A minha formação em jornalismo desportivo não me faz esquecer as dificuldades numa profissão ainda muito dominada por ideias arcaicas, mas foram as idas quinzenais ao estádio, desde muito miúda e de mão dada com o meu pai, que primeiro me despertaram a semente da desigualdade.
A Daniela (@daniffox) e a Maria (@mariagandrade), que tentam há mais de dez anos quebrar profissionalmente este autocarro de 11 jogadores atrás da linha da bola, falaram comigo sobre como é ser-se mulher num mundo de homens.
De reportagens hilariantes, à magia da Taça, de boleias perigosas a Francisco Geraldes, de mini saias a "quem é o Ozil?", falamos de tudo. E, modéstia à parte, demos quinjajero ao adversário.
By Filipa Santos LopesHá um poeta do nosso tempo (ou do YouTube) que diz que quando a bola beija a rede é golo. Eu acrescento que haverá no mundo poucos momentos que me comovam mais do que esse instante em que, em comunhão, celebramos, ou choramos, a nossa sina.
Infelizmente, o futebol é ainda por muitos encarado como um privilégio masculino. Nas bancadas, no campo e no jornalismo, o lugar da mulher é apagado, diminuído, questionado. Somos chutadas para canto muito mais facilmente. Porquê?
A minha formação em jornalismo desportivo não me faz esquecer as dificuldades numa profissão ainda muito dominada por ideias arcaicas, mas foram as idas quinzenais ao estádio, desde muito miúda e de mão dada com o meu pai, que primeiro me despertaram a semente da desigualdade.
A Daniela (@daniffox) e a Maria (@mariagandrade), que tentam há mais de dez anos quebrar profissionalmente este autocarro de 11 jogadores atrás da linha da bola, falaram comigo sobre como é ser-se mulher num mundo de homens.
De reportagens hilariantes, à magia da Taça, de boleias perigosas a Francisco Geraldes, de mini saias a "quem é o Ozil?", falamos de tudo. E, modéstia à parte, demos quinjajero ao adversário.