Por Dário Angelo Baggieri
Amados irmãos, em uma palestra proferida sobre evasão Maçônica e suas consequências na Maçonaria Universal e seus efeitos sobre a Maçonaria Brasileira, foram colocados para análise, estatísticas deveras nebulosas sobre o futuro da Ordem no mundo e no Brasil. Em nosso País, ainda são registrados aumento do número de obreiros em comparação com todos os demais países, onde esse número vem paulatinamente, decrescendo. Enveredando pela análise da parapsicologia e de estudos da personalidade humana e suas correlações com as mutações da temporalidade, vemos que Jung proclama que: "Os conteúdos do inconsciente pessoal são aquisições da vida individual, enquanto aqueles do inconsciente coletivo são arquétipos que têm uma existência permanente e a priori”. Assim, a sombra é um “problema moral”. Ela coloca em jogo a globalidade da personalidade do Eu. Ninguém pode perceber a Sombra sem um emprego considerável de firmeza moral”.
Para o maçom, evoluir ao trabalhar com as ferramentas simbólicas, ao passar progressivamente do esquadro ao compasso, sem esquecer a régua, o prumo, o nível e às vezes até mesmo o machado que fende e amaça que estimula ou esmaga, sempre significa conciliar-se consigo mesmo, reunir-se, decantar sua pessoa verdadeira para melhor engajar sua eclosão, de acordo com um método de progressão particular.
Trata-se de se revelar para melhor se identificar com medida e discernimento. O Maçom deve trabalhar sobre si mesmo para estar na medida de se incorporar ao edifício comum.
Consequentemente, como na análise, face a face, ratifica que a sombra está próxima do mundo dos instintos, levá-la em consideração contínua é indispensável.
Freud, em sua análise Psicanalítica sobre a personalidade humana nos permite ratificar que o "INDIVÍDUO MAÇOM", deveria simultaneamente escolher subjugar OS SEUS Egos e encontrar O NOSSO “Eu”. Assim deveria ser, mas temos encontrado muitas ditas Estrelas binárias, os famosos donos de lojas, que necessitam ser dominantes, e nessa dominância é onde encontramos os traços de uma pessoa – arrogância ou humildade, graciosidade ou grosseria. No equilíbrio entre as estrelas, encontramos a natureza dos gases que elas emitem. É difícil ser útil para aos seus companheiros maçons e ao mesmo tempo ser imodesto e arrogante. Há pouco espaço para os outros quando você enche a sala com o seu Ego. Talvez seja também por isso que devemos aprender a verdadeiramente subjugar as nossas paixões – as paixões do Ego – e desenvolver as paixões do Eu – a conexão com o divino. Uma estrela deve escurecer para que a outra brilhe.
A Maçonaria Universal proclama aos seus iniciados que tenham um compromisso de ética e de respeito na observância dos valores morais existentes, assim este compromisso estará acima de qualquer tipo de política ou agremiação. Por isso que nos é possível afirmar neste contexto que o maçom faz, a Ordem apenas observa.
O próprio cosmopolitismo que é inerente à maçonaria, permite tais fatos.
A Maçonaria ao deter um caráter universalista e progressista, que ultrapassa qualquer fronteira e por se regular por valores de igualdade, fraternidade e de solidariedade entre os seus membros, propiciou que as ações dos seus afiliados no mundo profano sejam um reflexo dos seus próprios valores.
E como os valores maçônicos são transversais e inerentes à sociedade e ao mundo em si, não existe um lugar onde um maçom não possa se encontrar ou que esteja impossibilitado de agir, sempre pautando seus atos e atitudes dentro de parâmetros Éticos, Morais e Alvissareiros, na prática desinteressada de suas virtudes cardeais.
Assim, ao ter a Maçonaria criado as bases para o diálogo e para o debate de ideias nas suas lojas e posteriormente implementando e transferido estas competências também para a Sociedade Civil Organizada, fizeram com que as lojas maçônicas fossem consideradas como centros formadores de opinião e de lideranças e que no espaço público, fomentassem a busca do progresso de forma co