A minha convidada de hoje é a escritora Lenia Rufino. E quem é a Lénia?

É uma autora que, desde muito cedo, descobriu na escrita um território seguro, íntimo e profundamente pessoal. Aos dez anos já escrevia contos. Cresceu rodeada de livros e de histórias, acreditando que um dia também ela escreveria a sua. E assim foi — mas, como tantas vezes acontece, os caminhos da vida desviaram-na temporariamente da literatura. Formou-se em Publicidade e Marketing, apaixonou-se por Psicologia Criminal, trabalhou na área da comunicação, escreveu blogs, publicou textos e manteve acesa, ao longo dos anos, essa chama silenciosa que é o desejo de escrever.

E foi desviada deste caminho por trinta e dois anos. 

Até que Lançou o primeiro romance em 2021, O Lugar das Árvores Tristes, e rapidamente conquistou leitores pela sensibilidade, pela profundidade emocional e pela capacidade de nos fazer mergulhar nas pequenas — e, afinal, grandes — questões da vida.

E no dia de hoje estamos aqui para falar do segundo romance: “O Silêncio no Coração dos Pássaros”. Um título que, só por si, já nos diz muito. Fala-nos de silêncio, sim, mas não de um silêncio vazio. Fala-nos do silêncio que habita em cada um de nós — aquele que se preenche de memórias, de emoções não ditas, de escolhas que fazemos ou que adiamos, e de tudo aquilo que, como pássaros, se agita no peito à procura de liberdade.