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O começo. Segundo o dicionário, é o primeiro momento ou estado inicial de alguma coisa. É o que precede todas as coisas seguintes, o início, o princípio, a abertura, o alfa. O começo é, como todas as coisas, relativo. Um novo dia começa pelo nascer do sol, mas um novo ano começa logo pelo bater das 12 badaladas. Num ponto de vista, o começo pode ser visto com a maior importância, noutro é apenas um ponto de referência usado para nos guiar num ciclo infinito. 

Dar o nome de recomeço a uma mudança é sempre algo reconfortante, faz com que o medo e a insegurança que é expectável numa mudança, se disfarcem com tons de esperança, e com a ideia de que o passado já não faz parte desta nova realidade pois, tal como disse, o começo é o que precede tudo. 

Na era moderna banalizou-se o termo “Reset”, como se aquele pequeno botão que reiniciava a consola na esperança de solucionar o erro no videojogo fosse transferível para as nossas vidas. A tua personagem não ficou como querias? Reset. Gostavas de voltar atrás mas o jogo já não te deixa? Reset. 

Infelizmente, as nossas vidas não incluem essa magnífica funcionalidade que solucionou tantos dos nossos problemas, em vez disso temos a possibilidade de mudar, de tomar um novo rumo, de virar a página. Mas para que isto possa acontecer, é crucial olharmos para dentro e enfrentar a razão dessa mudança, e isso requer coragem, perseverança e praticamente todos os casos, uma mão amiga.

Nesta que é a primeira conversa do podcast irei conversar com o meu grande amigo e colega Pedro Vieira sobre a sua experiência com a mudança e o momento em que se apercebeu da importância do pedido de ajuda. Fiquem para ouvir.