O rádio chega no final dos anos 1940 mais coloquial, direto e intimista. Entre o final da 2a Guerra Mundial e a metade dos anos 1950, vive o apogeu. Foi o período em que o meio alcançou sua maior importância relativa, sendo o mais consumido e para o qual se destinava a maior parte das verbas publicitárias. O rádio era o centro de tudo e, de uma forma ou de outra, todas as coisas eram disseminadas, tratadas e influenciadas pelo meio de comunicação.

Três fatos revelam a supremacia do rádio nesse período: a grande circulação de revistas especializadas em rádio (como “Revista do Rádio” e “Radiolândia”) o incrível número de cartas recebido pela Rádio Nacional entre os anos de 1945 e 1955: quase oito milhões; e a eleição da “Rainha do Rádio”, que mobilizava todo o país e dividia o público.

Ouça um episódio do Peças Raras dedicado às vozes que embalaram a juventude naqueles anos 50, com áudios da época em que brilhavam nos auditórios cantoras como Marlene, Emilinha e Ângela Maria. 

Cenas do próximo capítulo

É justamente nesse momento em que o rádio vivia seu auge que surge a televisão. A estreia do novo meio de comunicação em 18 de setembro de 1950 foi tímida e não causou grandes abalos. Mas em meados daquela década, boa parte dos profissionais, da verba publicitária e dos gêneros de programas havia migrado para o horário nobre da televisão.

A Rádio Bandeirantes percebe a necessidade de se adaptar ao novo cenário e aposta no que passaria a ser conhecido como vitrolão. Agora, em vez de se apresentarem ao vivo diante de um auditório, os artistas eram mostrados por meio das gravações em LPs. A nova fórmula transforma Walter Silva no DJ de São Paulo. Essa é a história do próximo episódio referente à década de 50 que você acompanha aqui no site HISTÓRIA DO RÁDIO NO BRASIL.