SEGUNDA, 8 DEZEMBRO nos convida a refletir sobre como as acusações se manifestam em nossas vidas e nas relações interpessoais. A narrativa de Josué 22:9-20 nos mostra que mesmo entre aqueles que compartilham de uma mesma fé, mal-entendidos podem surgir, levando a acusações precoces e, muitas vezes, injustas. As tribos ocidentais do Jordão, ao verem o altar erguido pelas tribos do lado leste, rapidamente imaginaram que seus irmãos estivessem se afastando dos princípios fundamentais de sua religião. Essa suposição quase gerou um conflito desnecessário e perigoso.

A reflexão segue para perguntar: quantas vezes em nossa vida somos rápidos em julgar? Como interpretamos as ações dos outros sem buscar compreender suas intenções verdadeiras? A história ressalta a importância de uma abordagem de diálogo e compreensão antes de passarmos ao julgamento. É um lembrete de que o amor e a paciência são chaves para a paz. Os rubenitas, gaditas e a meia tribo de Manassés responderam com calma e explicações, desarmando a situação com sabedoria e sensibilidade.

No mundo contemporâneo, onde as comunicações são rápidas e as redes sociais amplificam nossas vozes, o impulso para julgar pode ser ainda mais forte. Somos muitas vezes tentados a formar opiniões rápidas baseadas em informações superficiais ou rumores. No entanto, ao seguirmos o exemplo das tribos do Jordão oriental, podemos aprender a ser mais ponderados, a oferecer o benefício da dúvida e a buscar a unidade.

A prática do não julgamento, conforme ensinado em Lucas 6:37 e João 7:24, é desafiante, mas não impossível. Significa confiar que existe mais na história do que o que parece na superfície e ter fé de que Deus, que vê nossas intenções verdadeiras, está presente em meio a mal-entendidos.

Que possamos nos lembrar de que a verdadeira união, uma busca expressa pela oração de Jesus, não significa que devemos comprometer nossas convicções, mas sim que devemos buscar a compreensão e o respeito mútuo. Que esta reflexão nos encoraje a abraçar o amor fraternal com uma mente aberta e um coração capaz de perdoar.