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#23 – Liderança feminina na TI e a escassez de talentos | Entrevistada: Claudia Marquesani


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É indiscutível que a nossa vida tomou altas proporções sobre a dependência da tecnologia e de como ela está sendo construída do ângulo profissional. Um universo que é tomado pela presença masculina, mesmo tendo um público feminino fiel e adepto às inúmeras tendências digitais. E para explicar essa escassez de participação das mulheres no mercado de trabalho, o The Walking Tech apresenta Claudia Marquesani, Superintendente de Tecnologia da Informação e IT Head.



Não diferente de muitos brasileiros, a carreira de Marquesani se iniciou com simplicidade, muita luta e discernimento para lidar com o preconceito, além de bons incentivos por parte da família.



Agora, sobre outro início, o das profissões de informática em si, sabemos que muitas delas historicamente eram mais comuns para mulheres, o que mudou com o passar dos anos.



Em relação a essa grande questão, Marquesani diz: "Os primeiros computadores vieram de uma safra mais de escritório. As mulheres datilografavam, depois elas vieram para a programação e algumas migraram da matemática. Então, tem todo esse histórico de que antigamente as programadoras eram em sua maioria as meninas".



Porém, existem diversos fatores para o ingresso na profissão.




https://youtu.be/gEkdTeSYzvM




Já sobre os motivos de querer continuar na área da TI, as adversidades foram ainda maiores. Enfrentar o peso da sociedade foi um dos grandes desafios a serem vencidos. Além disso, a influência de um grande amigo serviu como fator decisivo para não desistir e encarar as adversidades da profissão.



Por sua vez, ao ser questionada com relação à maneira como nossa sociedade pensa e define o que é ser mulher e o que é ser homem, sobre tudo isso se relacionar de forma direta com o desenvolvimento das habilidades e competências, Marquesani é sucinta: "A influência existe pelos vieses inconscientes. E por mais que as pessoas falam que isso não existe, isso existe sim!".




https://youtu.be/VhfqSr9KjBc




Embora todo esse contexto, Marquesani acredita que essa masculinização tenha mudado. Pois, as formas de como as crianças estão sendo criadas e educadas nos últimos tempos tem evoluído para melhor.



Continuando no tema masculinização, temos um processo da informática que traz a figura do geek antissocial, desenvolvido na década de 60, a partir da instituição de programas formais da disciplina, de revistas e sociedades profissionais e programas de certificação.



E sobre esse conjunto de ideias, podemos pensar se isso de fato tem a ver com as habilidades intelectuais de origem biológica, ou de puro corporativismo. Mas, para Marquesani, são vários fatores. Ou seja, existe a questão da sociedade, aptidões e até mesmo gêneros determinísticos, que influenciam de modo geral e por consequência na escolha da carreira.



E a mensagem que fica para quem deseja entrar afinco na carreira, é a educação.




https://www.youtube.com/watch?v=bgbQ7K9Flms




Contudo, Marquesani ainda ressalta o melhor caminho para incluir a mulher na área de TI.



"As mulheres precisam fazer mentoria. Quem chegou lá, precisa ajudar quem está no caminho". E completa: "As mulheres precisam se emponderar de sua carreira! Ou quer, ou não quer! Não pode colocar responsabilidade nos outros, a situação não vai mudar agora. Precisamos tomar consciência".



Com relação aos homens, segundo Marquesani, o cenário também precisa mudar, precisa haver uma ajuda. Não precisa nivelar tudo o que a sociedade nos ensinou até agora, mas precisamos tentar fazer aos poucos.



Sobre as empresas,
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