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Olá! A Palavra de Deus fala com você. Sou Pastor Rudolf von Sinner, professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba. A palavra de hoje é da carta aos Efésios, cap. 2, versículo 19, onde lemos: “Vocês não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele.”
Queridas irmãs, queridos irmãos,
Dar hospitalidade, praticar a hospitalidade foi uma das principais características numa sociedade onde viajar significava andar longe, muitas vezes a pé. Podemos imaginar que passar pela poeira do deserto, num sol sem misericórdia e com a água racionada, não tem sido exatamente uma experiência gratificante. Ao encontrar uma tenda de pastores no caminho, era imprescindível poder hospedar-se lá, para beber e comer e poder dormir em paz. Por parte do anfitrião, era considerada uma questão de honra de servir o melhor ao hóspede, não apenas por ele precisar disto, mas também para impedir que ele traga algo de mal para a própria casa. Era uma forma de inclusão temporária para dentro da casa do anfitrião para apaziguá-lo. Segundo a tradição, o hóspede tinha direito, no mínimo, a quatro coisas: à água, ao fogo (para comida e aquecer-se), à orientação de como continuar seu caminho, e ao abrigo para permanecer uns dias. Por sua vez, o hóspede era quem trazia notícias do mundo lá fora, botando o papo em dia. Assim, ser hospitaleiro servia aos dois: ao anfitrião e ao hóspede.
O status de hóspede era, necessariamente, temporário. Em vários escritos, inclusive na Didaquê, a mais velha ordem eclesiástica, fala que hóspede não pode hospedar-se mais do que durante três dias. Seria, inclusive, um sinal de tratar-se de um verdadeiro apóstolo ou não: Quem querer hospedar-se por mais de três dias, sem colaborar para com os trabalhos do anfitrião, não poderia ser um verdadeiro apóstolo, pois estaria abusando da hospitalidade. No terceiro dia, o estrangeiro tem duas alternativas: Ou se incorpora na casa que o acolheu e, pelo menos, ajuda nos deveres diários, ou ele segue seu caminho.
Portanto, se somos cidadãs e cidadãos, membros do povo e da família de Deus, como diz nosso texto, já não estamos mais neste estado temporário e provisório, mas pertencemos em definitivo. Isto significa tanto a acolhida e a proteção de Deus quanto a nossa colaboração na seara dele – pois ser membro da família tem bônus e ônus. Porém, poder pertencer, ter um lar, ter uma família é o que há de mais rico neste mundo, sob a bênção de Deus.
By Nilton GieseOlá! A Palavra de Deus fala com você. Sou Pastor Rudolf von Sinner, professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba. A palavra de hoje é da carta aos Efésios, cap. 2, versículo 19, onde lemos: “Vocês não são mais estrangeiros nem visitantes. Agora vocês são cidadãos que pertencem ao povo de Deus e são membros da família dele.”
Queridas irmãs, queridos irmãos,
Dar hospitalidade, praticar a hospitalidade foi uma das principais características numa sociedade onde viajar significava andar longe, muitas vezes a pé. Podemos imaginar que passar pela poeira do deserto, num sol sem misericórdia e com a água racionada, não tem sido exatamente uma experiência gratificante. Ao encontrar uma tenda de pastores no caminho, era imprescindível poder hospedar-se lá, para beber e comer e poder dormir em paz. Por parte do anfitrião, era considerada uma questão de honra de servir o melhor ao hóspede, não apenas por ele precisar disto, mas também para impedir que ele traga algo de mal para a própria casa. Era uma forma de inclusão temporária para dentro da casa do anfitrião para apaziguá-lo. Segundo a tradição, o hóspede tinha direito, no mínimo, a quatro coisas: à água, ao fogo (para comida e aquecer-se), à orientação de como continuar seu caminho, e ao abrigo para permanecer uns dias. Por sua vez, o hóspede era quem trazia notícias do mundo lá fora, botando o papo em dia. Assim, ser hospitaleiro servia aos dois: ao anfitrião e ao hóspede.
O status de hóspede era, necessariamente, temporário. Em vários escritos, inclusive na Didaquê, a mais velha ordem eclesiástica, fala que hóspede não pode hospedar-se mais do que durante três dias. Seria, inclusive, um sinal de tratar-se de um verdadeiro apóstolo ou não: Quem querer hospedar-se por mais de três dias, sem colaborar para com os trabalhos do anfitrião, não poderia ser um verdadeiro apóstolo, pois estaria abusando da hospitalidade. No terceiro dia, o estrangeiro tem duas alternativas: Ou se incorpora na casa que o acolheu e, pelo menos, ajuda nos deveres diários, ou ele segue seu caminho.
Portanto, se somos cidadãs e cidadãos, membros do povo e da família de Deus, como diz nosso texto, já não estamos mais neste estado temporário e provisório, mas pertencemos em definitivo. Isto significa tanto a acolhida e a proteção de Deus quanto a nossa colaboração na seara dele – pois ser membro da família tem bônus e ônus. Porém, poder pertencer, ter um lar, ter uma família é o que há de mais rico neste mundo, sob a bênção de Deus.