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Olá! A Palavra de Deus fala com você. Sou Pastor Rudolf von Sinner, professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba. A palavra de hoje é do livro de Mateus, cap. 15, versículos 35 e 36, onde lemos: “Jesus mandou o povo sentar-se no chão. Depois pegou os sete pães e os peixes e deu graças a Deus. Então os partiu e os entregou aos discípulos, e eles os distribuíram ao povo.”
Queridas irmãs, queridos irmãos,
Esta partilha dos pães e dos peixes parece ser uma das mais importantes narrativas do Novo Testamento: é uma das poucas que aparece nos quatro Evangelhos e, em alguns deles, duas vezes. É o caso aqui em Mateus: primeiro Jesus consegue o milagre que cinco mil homes, “além de mulheres e crianças” se fartam apesar de os discípulos terem apenas cinco pães e dois peixes. Depois, consegue o mesmo para quatro mil homens, “além de mulheres e crianças”, com “sete pães e alguns peixinhos”. É significativo que Mateus torna visíveis as mulheres e as crianças, que não são mencionadas nos outros Evangelhos. Também não costumavam ser mencionadas no ambiente em que Jesus transitou, seja o judeu, o grego, ou o romano. Certamente foram precisamente as mulheres que tinham trazido alguma comida consigo para sua família, e acrescentaram isto aos pães e aos peixes, estimulando a partilha para que realmente todas pudessem ser saciadas e todos saciados.
No meio entre as duas narrativas, Jesus critica a pouca fé dos discípulos que não confiam nele. Critica a hipocrisia da elite religiosa da época. Todos eles homens. Ao mesmo tempo, elogia a grande fé justo de uma mulher estrangeira, a cananeia, supostamente incrédula e insignificante, que não larga dele mesmo que possa ficar apenas com as migalhas que caem da mesa, como os cachorrinhos. É assim que ela fala. E no final do Evangelho, quem está lá debaixo da cruz são as mulheres. Os homens já fugiram todos. São elas também as primeiras a saber da ressurreição de Jesus pelo anjo do Senhor e pelo túmulo vazio.
Tacitamente ou explicitamente são as mulheres que partilham, que cuidam, que convencem, que aguentam, que enxergam. Jesus lhes dá atenção, as elogia, as cura, as apoia. De quem a sociedade exigia muito, mas pouco esperava, Jesus percebe seu verdadeiro potencial. Vamos segui-lo e abrir os nossos olhos para as tão importantes contribuições de mulheres que tantas vezes já não vimos, em nossas comunidades e em nossa sociedade? Que Deus nos ajude nisto neste dia e adiante, e que reconheçamos com gratidão a presença e as contribuições das mulheres.
Amém.
By Nilton GieseOlá! A Palavra de Deus fala com você. Sou Pastor Rudolf von Sinner, professor na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba. A palavra de hoje é do livro de Mateus, cap. 15, versículos 35 e 36, onde lemos: “Jesus mandou o povo sentar-se no chão. Depois pegou os sete pães e os peixes e deu graças a Deus. Então os partiu e os entregou aos discípulos, e eles os distribuíram ao povo.”
Queridas irmãs, queridos irmãos,
Esta partilha dos pães e dos peixes parece ser uma das mais importantes narrativas do Novo Testamento: é uma das poucas que aparece nos quatro Evangelhos e, em alguns deles, duas vezes. É o caso aqui em Mateus: primeiro Jesus consegue o milagre que cinco mil homes, “além de mulheres e crianças” se fartam apesar de os discípulos terem apenas cinco pães e dois peixes. Depois, consegue o mesmo para quatro mil homens, “além de mulheres e crianças”, com “sete pães e alguns peixinhos”. É significativo que Mateus torna visíveis as mulheres e as crianças, que não são mencionadas nos outros Evangelhos. Também não costumavam ser mencionadas no ambiente em que Jesus transitou, seja o judeu, o grego, ou o romano. Certamente foram precisamente as mulheres que tinham trazido alguma comida consigo para sua família, e acrescentaram isto aos pães e aos peixes, estimulando a partilha para que realmente todas pudessem ser saciadas e todos saciados.
No meio entre as duas narrativas, Jesus critica a pouca fé dos discípulos que não confiam nele. Critica a hipocrisia da elite religiosa da época. Todos eles homens. Ao mesmo tempo, elogia a grande fé justo de uma mulher estrangeira, a cananeia, supostamente incrédula e insignificante, que não larga dele mesmo que possa ficar apenas com as migalhas que caem da mesa, como os cachorrinhos. É assim que ela fala. E no final do Evangelho, quem está lá debaixo da cruz são as mulheres. Os homens já fugiram todos. São elas também as primeiras a saber da ressurreição de Jesus pelo anjo do Senhor e pelo túmulo vazio.
Tacitamente ou explicitamente são as mulheres que partilham, que cuidam, que convencem, que aguentam, que enxergam. Jesus lhes dá atenção, as elogia, as cura, as apoia. De quem a sociedade exigia muito, mas pouco esperava, Jesus percebe seu verdadeiro potencial. Vamos segui-lo e abrir os nossos olhos para as tão importantes contribuições de mulheres que tantas vezes já não vimos, em nossas comunidades e em nossa sociedade? Que Deus nos ajude nisto neste dia e adiante, e que reconheçamos com gratidão a presença e as contribuições das mulheres.
Amém.