Freelancer, perfil profissional e crescimento da profissão
Ser freelancer foi a escolha de 33% das pessoas desempregadas no ano de 2015 no Brasil. Com as altas taxas de desemprego, ser freela foi a alternativa de milhares de pessoas, principalmente das áreas de tecnologia, para driblar a falta de dinheiro.
Segundo o site Aparelho Elétrico, 48,5% desses trabalhadores tem entre 25 e 35 anos e 32,9% estão no estado de São Paulo. Dentre eles, 34,4% usam transporte público como principal meio de tranporte. 35% são designers gráficos, 29% programadores web e 16% são criadores de conteúdo. Além disso, 43% despendem tempo integral nessa função contra 39,3% que se dedicam apenas nas horas livres e 17,7% que dedicam somente meio período.
A renda de freelancers variam entre R$ 1.000,00 e R$ 2,500,00 por mês, e a grande motivação para essas pessoas é a flexibilidade de horários. Outros ainda apontam os ganhos, autonomia e independência geográfica como relevância. Mas nem tudo são flores no mundo dos “jobs”, termo utilizado para designar projetos em execução. Mais de 50% desse freelas possuem outras formas de renda, como empregos tradicionais e investimentos.
Além disso, lidar com a variação da renda mensal é a maior dificuldade dos freelancers, sendo citado por 28,7% das pessoas, seguido de disciplina e administração financeira. A grande maioria desses profissionais é graduado e captam clientes por meio de indicações. Foram 37,6% desses profissionais que disseram manter a carga horária equilibrada e 54,6% não tiram férias.
Do outro lado, algumas empresas tiveram que enxugar a estrutura ao máximo para permanecerem ativas no mercado. Empresas que contavam com até 10 funcionários hoje preferem contratar freelancers, já que pagar por projeto é menos oneroso para o empregador do que ter um profissional com carteira assinada.
Mitos e realidades da vida de freelancer
Mas aos que pensam que a vida de freela é simples e desimpedida, listamos alguns mitos da profissão:
1. “Freela acorda todos os dias ao meio dia”: Sim, você poderá organizar seus horários e fazer coisas dentro do seu próprio cronograma. Isso inclui acordar mais cedo ou mais tarde, dependendo do seu estilo. Mas há duas dicas valiosas: “cumpra seus prazos” e “atenda bem seus clientes”. Quando se está em um job, você é o atendimento ao cliente e empresas funcionam em horário comercial. Logo, mantenha-se disponível nesse período.
2. “Freelancer faz o que quiser, quando quiser”: Sim, você terá muito mais autonomia do que grande parte dos seus amigos que trabalham em empresas tradicionais. Mas, se você quiser dinheiro suficiente para viver, você precisará trabalhar as mesmas horas que em uma empresa ou até mais. A questão aqui não é trabalhar menos, é aproveitar melhor o seu tempo. Faça cronogramas e aproveite seu tempo da melhor forma possível.
3. “Freela nunca mais vai usar roupas sociais”: Se você for a uma reunião com o cliente de bermuda e chinelos, sua reputação ficará abalada. Sim, as empresas e pessoas que contratam seus serviços valorizam o código de vestimenta, portanto, você ainda poderá usar social em diversas ocasiões – ou pelo menos um casual elegante.
Crie o hábito de usar roupas e não pijamas enquanto trabalha. Esteja com boa aparência, você não sabe quando o cliente irá pedir uma conferência de última hora. Além disso, existem estudos que relatam que a produtividade melhora quando você tem bons hábitos no home office (escritório em casa).
4. Vida tranquila x Ganhos: se você acredita que ser freela é ganhar muito e trabalhar pouco, você está fora da realidade. Existe uma relação de proporção bastante complexa na vida de freela. Essa relação diz respeito a ganhos X vida tranquila. Quanto mais dinheiro você quer ganhar, mais terá que trabalhar,