Nos últimos dias o Brasil assistiu ao drama de uma menina de dez anos que engravidou após  ser abusada por um tio desde seus seis anos. Esse caso expôs ainda mais a visão da extrema-direita, que considera mais digno de compaixão um feto fruto de abuso de um pedófilo que a vida inteira de uma criança vítima, e assistimos a manifestações que, por vias indiretas, culpabilizaram a vítima, como se criminosa fosse. Neste encontro discutimos a cultura do estupro e suas consequências, a lógica por trás e o porquê do patriarcado proteger o abusador, apesar de seu eterno discurso anti-pedófilo.