Trinta e cinco anos depois da campanha de ocupação de terras, é importante resgatar as memórias das pessoas que deram corpo a um movimento que abriu brechas na sociedade portuguesa. Tanto tempo depois, ainda há paixão na voz de quem ajudou a levantar do chão mais de quinhentas Cooperativas ou Unidades Colectivas de Produção, e alcançou direitos numa área onde não existia qualquer legislação laboral. Mas o mais importante, consideram os protagonistas da reforma agrária, foi conquistarem a dignidade de se sentirem donos do seu destino. «A Terra A Quem a Trabalha» é uma grande reportagem de Carlos Júlio, com sonoplastia de Luís Borges.