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No começo de maio fizemos um post sobre Edifício Net Zero. Caso este seja seu primeiro encontro com o termo, vale conferir.
Aqui neste artigo, nosso objetivo é detalhar as variadas definições do Edifício Net Zero e como alcançar esse objetivo. Essa meta é viável para a maioria dos projetos, mas não é fácil. É necessário uma equipe comprometida em maximizar a eficiência do design e um investimento de menos de 10% sobre o valor total da obra.
O retorno financeiro se dá em uma média geral de 7 anos, podendo variar em um pouco mais ou menos de acordo com a tipologia de projeto.
Vamos iniciar nossa conversa apontando que:
Olhando apenas esses números fica fácil entender o motivo de uma edificação sustentável, e principalmente eficiente, ser tão importante, devendo ser popularizada.
Nós, arquitetos e engenheiros, devemos assumir esse compromisso de forma mais séria e contundente. Aprendendo a administrar isso dentro de nossos projetos e junto a nossos clientes. Construir de forma equilibrada.
Essa é a palavra que melhor define um edifício Net Zero. Esse equilíbrio deve ser alcançado em múltiplos aspectos – geração e destinação de resíduos, eficiência no uso da água e eficiência energética. Hoje, no Brasil, o que vem sendo mais comercializado é Net Zero Eficiência Energética no seu conceito mais básico: uma unidade de energia usada por uma produzida.
Contudo, Net Zero pode ser muito mais se olharmos para a definição mais completa e já adotada em diversos países ao redor do mundo. As definições abaixo foram publicadas pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos através do seu Laboratório de Energias Renováveis:
Entendeu agora que o buraco é bem mais embaixo?
Com isso podemos reafirmar que no Brasil as edificações que se denominam Net Zero não alcançaram esse objetivo em sua totalidade, zerando em todos os aspectos citados acima. Aliás, poucos prédios no mundo alcançaram essa façanha.
De forma alguma. Os impactos que uma edificação causa no meio ambiente são tantos que zerar em apenas uma definição representa um progresso significativo para o desempenho da construção.
Se o prédio produzir no ano a mesma quantidade em energia que ele consome, seu desempenho aumenta em média entre 50%-70% em relação a uma edificação convencional. Além de se tornar uma edificação mais confiável e sustentável, comercialmente seu valor e visibilidade aumentam bastante.
Agora que já cobrimos a parte teórica da coisa e já estamos convencidos de que Net Zero é um objetivo ótimo para se ter, vamos ao que realmente interessa.
Como sugerido no nosso post de maio, Eficiência deve ser a chave e critério fundamental do projeto desde o inicio. Não basta ser eficiente, precisa ser super eficiente. Itens como os citados abaixo devem ser estudados e desenvolvidos com muita cautela pelo time de projeto.
Isso quer dizer que devemos projetar para usufruir passivamente de tudo que o meio pode nos oferecer, orientando o prédio para melhor utilizar:
Um estudo de orientação solar e dos ventos bem executado é determinante. Ele apontará os artifícios passivos que podem ser instalados como:
A distribuição das cargas geradas por equipamentos e dos ocupantes por andar ou setor também podem contribuir. Pessoas produzem calor e isso deve ser contabilizado no balanço geral dos cálculos. Para que se tenha uma ideia, um adulto produz 100 watts de calor em repouso e 500 watts praticando exercícios.
A escolha da envoltória é importante para o conforto e isolamento térmico dos ambientes.
Equipamentos de alto desempenho devem ser especificados trazendo benefícios como:
Só neste item já reduzimos perto de 50% da conta final. Procure equipamentos que possuam o selo Energy Star. Quando possível utilizar tecnologias que captam energia de forma passiva, como aquecimento solar de água.
Existe vida após o projeto!
De nada serve um projeto desta complexidade sem os devidos cuidados. Os usuários e a equipe de manutenção devem entender as melhores práticas de gerenciamento para as medidas implantadas.
Medir uma edificação vazia com equipamentos zerados cheirando novo é fácil. Realmente o mais difícil é manter e, constantemente, otimizar os resultados alcançados. O Brasil está cheio de placas LEED empoeiradas, telhados verdes mortos e etc.
Essas dicas devem ser estudadas e aplicadas de forma consciente, além de bem programadas para durar todo ciclo de vida da Edificação.
O Brasil está comprometido com a sustentabilidade. As metas brasileiras dentro do Acordo de Paris para com as emissões de carbono e geração de energia limpa são ambiciosas. Com isso acreditamos que os incentivos governamentais devem aumentar muito.
Após a aprovação da ANEEL em 2012, a micro e a mini geração crescem aceleradas e já produzem ótimos resultados.
Esse crescimento do net zero tende a continuar, barateando os sistemas e projetos. Edificações Net Zero não são coisas de orçamento rico, elas estão cada dia mais viáveis para a maioria das construções novas e existentes.
O post Alcançando a Energia Zero: Como Viabilizar Projetos de Edifícios Sustentáveis apareceu primeiro em UGREEN.
No começo de maio fizemos um post sobre Edifício Net Zero. Caso este seja seu primeiro encontro com o termo, vale conferir.
Aqui neste artigo, nosso objetivo é detalhar as variadas definições do Edifício Net Zero e como alcançar esse objetivo. Essa meta é viável para a maioria dos projetos, mas não é fácil. É necessário uma equipe comprometida em maximizar a eficiência do design e um investimento de menos de 10% sobre o valor total da obra.
O retorno financeiro se dá em uma média geral de 7 anos, podendo variar em um pouco mais ou menos de acordo com a tipologia de projeto.
Vamos iniciar nossa conversa apontando que:
Olhando apenas esses números fica fácil entender o motivo de uma edificação sustentável, e principalmente eficiente, ser tão importante, devendo ser popularizada.
Nós, arquitetos e engenheiros, devemos assumir esse compromisso de forma mais séria e contundente. Aprendendo a administrar isso dentro de nossos projetos e junto a nossos clientes. Construir de forma equilibrada.
Essa é a palavra que melhor define um edifício Net Zero. Esse equilíbrio deve ser alcançado em múltiplos aspectos – geração e destinação de resíduos, eficiência no uso da água e eficiência energética. Hoje, no Brasil, o que vem sendo mais comercializado é Net Zero Eficiência Energética no seu conceito mais básico: uma unidade de energia usada por uma produzida.
Contudo, Net Zero pode ser muito mais se olharmos para a definição mais completa e já adotada em diversos países ao redor do mundo. As definições abaixo foram publicadas pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos através do seu Laboratório de Energias Renováveis:
Entendeu agora que o buraco é bem mais embaixo?
Com isso podemos reafirmar que no Brasil as edificações que se denominam Net Zero não alcançaram esse objetivo em sua totalidade, zerando em todos os aspectos citados acima. Aliás, poucos prédios no mundo alcançaram essa façanha.
De forma alguma. Os impactos que uma edificação causa no meio ambiente são tantos que zerar em apenas uma definição representa um progresso significativo para o desempenho da construção.
Se o prédio produzir no ano a mesma quantidade em energia que ele consome, seu desempenho aumenta em média entre 50%-70% em relação a uma edificação convencional. Além de se tornar uma edificação mais confiável e sustentável, comercialmente seu valor e visibilidade aumentam bastante.
Agora que já cobrimos a parte teórica da coisa e já estamos convencidos de que Net Zero é um objetivo ótimo para se ter, vamos ao que realmente interessa.
Como sugerido no nosso post de maio, Eficiência deve ser a chave e critério fundamental do projeto desde o inicio. Não basta ser eficiente, precisa ser super eficiente. Itens como os citados abaixo devem ser estudados e desenvolvidos com muita cautela pelo time de projeto.
Isso quer dizer que devemos projetar para usufruir passivamente de tudo que o meio pode nos oferecer, orientando o prédio para melhor utilizar:
Um estudo de orientação solar e dos ventos bem executado é determinante. Ele apontará os artifícios passivos que podem ser instalados como:
A distribuição das cargas geradas por equipamentos e dos ocupantes por andar ou setor também podem contribuir. Pessoas produzem calor e isso deve ser contabilizado no balanço geral dos cálculos. Para que se tenha uma ideia, um adulto produz 100 watts de calor em repouso e 500 watts praticando exercícios.
A escolha da envoltória é importante para o conforto e isolamento térmico dos ambientes.
Equipamentos de alto desempenho devem ser especificados trazendo benefícios como:
Só neste item já reduzimos perto de 50% da conta final. Procure equipamentos que possuam o selo Energy Star. Quando possível utilizar tecnologias que captam energia de forma passiva, como aquecimento solar de água.
Existe vida após o projeto!
De nada serve um projeto desta complexidade sem os devidos cuidados. Os usuários e a equipe de manutenção devem entender as melhores práticas de gerenciamento para as medidas implantadas.
Medir uma edificação vazia com equipamentos zerados cheirando novo é fácil. Realmente o mais difícil é manter e, constantemente, otimizar os resultados alcançados. O Brasil está cheio de placas LEED empoeiradas, telhados verdes mortos e etc.
Essas dicas devem ser estudadas e aplicadas de forma consciente, além de bem programadas para durar todo ciclo de vida da Edificação.
O Brasil está comprometido com a sustentabilidade. As metas brasileiras dentro do Acordo de Paris para com as emissões de carbono e geração de energia limpa são ambiciosas. Com isso acreditamos que os incentivos governamentais devem aumentar muito.
Após a aprovação da ANEEL em 2012, a micro e a mini geração crescem aceleradas e já produzem ótimos resultados.
Esse crescimento do net zero tende a continuar, barateando os sistemas e projetos. Edificações Net Zero não são coisas de orçamento rico, elas estão cada dia mais viáveis para a maioria das construções novas e existentes.
O post Alcançando a Energia Zero: Como Viabilizar Projetos de Edifícios Sustentáveis apareceu primeiro em UGREEN.