Os perseguidos (dediogmenoi) por uma causa mostra a lealdade à honestidade que Jesus especifica no versículo seguinte. O Reino dos Céus pertence àquele que está disposto a ir até as últimas consequências por assumir a sua cidadania celestial. Somente aqueles que adotam uma postura diferente da do mundo é que estão aptos a pertencer ao Reino dos Céus.
O estágio máximo do bem-aventurado é tornar-se um mártir. A perseguição acontece por causa do confronto, choque de valores conflitantes entre o Reino dos Céus e os reinos deste mundo.
Paralelismo sinônimo, muito comum na poesia hebraica. O conteúdo desse versículo reforça a ideia do anterior. Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a viver conforme o padrão desta sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos. Estes, sofrerão impopularidade, hostilidade, rejeição e críticas. O mundo lhes moverá perseguição e oposição.
Há motivos para se alegrar por causa de uma perseguição. Ninguém celebra: Wow! Hoje fui perseguido! Que maravilha! Entretanto, se for pela causa de Cristo, tenha a consciência limpa diante de Deus. Jesus estava ciente de que o aguardava era perseguição, insultos, ofensas. Se Ele passaria por esse tipo de situação, que dirá os seus discípulos. Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (kairete), porque Deus outorga a maior bênção, recompensa ou maior galardão (misthos) àqueles que sofrem mais.
Alegrar-se por causa da perseguição é difícil a não ser que tenhamos em mente uma recompensa posterior. Os cidadãos do Reino aguardam a sua recompensa nos céus e não neste mundo terreno.