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Apresentador: Fernando Braga da Costa – Psicólogo, professor e pesquisador do conceito de invisibilidade pública
Convidado: Reginaldo da Silva - Motorista de ônibus
Reginaldo da Silva trabalha há mais de 20 anos como motorista de ônibus. Diariamente faz 4 viagens de ida e volta de Cotia à Pinheiros, em São Paulo, capital. Acorda todos os dias às 2h30. Sua primeira viagem sai às 4h30 da manhã, e sua última finaliza às 14h20. Gasta pelo menos 12h por dia para se preparar e trabalhar efetivamente. Reginaldo é casado e pai de 6 filhos, recentemente comprou sua casa própria. É conhecido por sua pontualidade e simpatia com os passageiros. Além de ter criado a prática de oferecer gratuidade aos passageiros que estão procurando emprego.
A Escravidão Assalariada
O andar de baixo na estrutura social capitalista costuma ser bem distante. Somos míopes e surdos funcionais quando estamos diante do cidadão pobre. Não o vemos. Não o enxergamos. Toda a visibilidade e a comunicação possíveis estão submetidas aos enquadramentos das rotinas servis. “Quero um café”. “Precisa limpar aqui”. “Busque meu carro”. Os imperativos que tão inadvertidamente regulam os diálogos na sociedade de classes lembram os ensinamentos de Sigmund Freud quanto ao poder do que se revela inconscientemente através das palavras.
A abertura proporcionada a partir da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, essa pequena fresta por onde visualizamos os que servem, esse estreito canal por onde ouvimos suas vozes, deve chocar e constranger. Por que demoramos tanto? Por que perdemos tanto tempo? Que qualidade de seres humanos somos nós?
Ouçamos cada um deles como quem reage a uma prece. Eles estão orando. Ouçamos cada um deles como a um igual. Porque eles realmente o são. Ouçamos cada um deles como quem deseja atender a um pedido de socorro. Ameaçados e amedrontados, eles não gritam. Apenas sussurram. Para ler toda a apresentação do podcast clique aqui:
https://drive.google.com/file/d/1WO2G9hr7a98QWmhwZFqKNdhOgKl2GBJA/view
Apresentador: Fernando Braga da Costa – Psicólogo, professor e pesquisador do conceito de invisibilidade pública
Convidado: Reginaldo da Silva - Motorista de ônibus
Reginaldo da Silva trabalha há mais de 20 anos como motorista de ônibus. Diariamente faz 4 viagens de ida e volta de Cotia à Pinheiros, em São Paulo, capital. Acorda todos os dias às 2h30. Sua primeira viagem sai às 4h30 da manhã, e sua última finaliza às 14h20. Gasta pelo menos 12h por dia para se preparar e trabalhar efetivamente. Reginaldo é casado e pai de 6 filhos, recentemente comprou sua casa própria. É conhecido por sua pontualidade e simpatia com os passageiros. Além de ter criado a prática de oferecer gratuidade aos passageiros que estão procurando emprego.
A Escravidão Assalariada
O andar de baixo na estrutura social capitalista costuma ser bem distante. Somos míopes e surdos funcionais quando estamos diante do cidadão pobre. Não o vemos. Não o enxergamos. Toda a visibilidade e a comunicação possíveis estão submetidas aos enquadramentos das rotinas servis. “Quero um café”. “Precisa limpar aqui”. “Busque meu carro”. Os imperativos que tão inadvertidamente regulam os diálogos na sociedade de classes lembram os ensinamentos de Sigmund Freud quanto ao poder do que se revela inconscientemente através das palavras.
A abertura proporcionada a partir da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro, essa pequena fresta por onde visualizamos os que servem, esse estreito canal por onde ouvimos suas vozes, deve chocar e constranger. Por que demoramos tanto? Por que perdemos tanto tempo? Que qualidade de seres humanos somos nós?
Ouçamos cada um deles como quem reage a uma prece. Eles estão orando. Ouçamos cada um deles como a um igual. Porque eles realmente o são. Ouçamos cada um deles como quem deseja atender a um pedido de socorro. Ameaçados e amedrontados, eles não gritam. Apenas sussurram. Para ler toda a apresentação do podcast clique aqui:
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