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De onde vem sua opinião?


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De onde vem sua opinião?

A palavra opinião vem do latim OPINIO, “conjetura, estimativa, suposição”, de OPINARI, “julgar, supor, pensar”. Mas, e a sua opinião, vem de onde?

Assim como a noção de realidade, a opinião é subjetiva. Ambas são frutos de nossa cultura interna. Mas, como nossa cultura interna da origem a nossa opinião?

Desde a gestação vamos recebendo algo que chamo de DIRETRIZES. Essas diretrizes vão servir de bússola para nortear nosso sentir, pensar e agir. Além das diretrizes, nós vamos construir ao longo das vivencias, os MODELOS MENTAIS, que NÃO são crenças, mas sim, aquilo que dá origem as crenças, que nos levam a acreditar que isso é isso e que aquilo é aquilo. Momentaneamente vamos formular NARRATIVAS pessoais, que na maioria das vezes serão baseadas nas narrativas coletivas.

Esses 3 processos são afetivos, cognitivos e comportamentais. Nos levam a interagir e a definir uma opinião sobre nós mesmos, o outro e o mundo.

Exemplo: Um menino, desde criança percebe e sente que o pai sai para trabalhar cedo e volta no final do dia, quase sempre estressado, mau humorado. Conforme vai crescendo esse menino procura no mundo, próximo a sua cultura, se é realmente assim que se trabalha. Confirma, sim! Procura entender o motivo de se trabalhar, logo compreende que se trabalha para ter dinheiro. Qual o motivo de ter dinheiro? Para comprar o que temos vontade.

Essa cultura rasa e sem aprofundamento irá gerar uma opinião rasa e sem aprofundamento sobre o que é trabalho.

Nesse contexto, no plano de fundo, a nível subconsciente, uma diretriz diz: Trabalhar para ter dinheiro para comprar o que tenho vontade.

Diante das experienciais, cria-se um modelo mental: Trabalho é ralação. A gente tá sempre mau humorado, estressado. É ruim demais trabalhar.

Ao mesmo tempo cria-se a narrativa: Eu trabalho para ter dinheiro para comprar o que eu gosto. Quase nunca sobra dinheiro. Fico frustrado e depressivo. (aqui inicia-se outro ciclo de diretrizes, modelos mentais e narrativas para a frustação e depressão)

A saída é a entrada.

Para sairmos de uma cultura e de opiniões rasas é necessária uma imersão em si mesmo. Assim como os antropólogos fazem imersões em uma comunidade para conhecer sua cultura interna, devemos fazer sempre imersões em nós mesmos, em nosso subconsciente e intermediar nossos mundos internos, compreendendo suas diretrizes, modelos mentais e narrativas.

Pela biomediunidade é possível ir mais profundo e regenerar diretrizes, modelos mentais e narrativas. O que vai gerar uma nova cultura e logo uma nova opinião – mais profunda.

Esse não é um processo milagroso, da noite para o dia. Se for feito de qualquer jeito, pode até mesmo reforçar o que já está estabelecido e dificultar ainda mais a regeneração da cultura interna. A indicação aqui é. Reserve 10 minutos todos os dias para questionar sua opinião. Com perguntas como:

Qual meu modelo mental sobre trabalho? O que eu entendo, quem me ensinou sobre o que é trabalho? Como eu vejo quem trabalha e quem não trabalha? Faça isso com um ponto de cada vez… Depois de perceber os movimentos, faça com outras áreas. Relacionamentos, dinheiro, saúde.

Se você pegar um assunto e viajar até ele, dentro dele, tratá-lo como uma tribo desconhecida e se dedicar 10 minutos por dia para compreende-lo profundamente, no final do mês você terá feito uma imersão de 5 horas nesse tema. Certamente terá grandes descobertas e transformará suas opiniões.

Davi Awam 

Ótima Vida.

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