Post de 19 de mar de 2014 08:00.
Dirigir é um ato essencialmente social. É como estar numa fila de supermercado. Mais que isto, até, pois há muita interação.
O que causa problema é justamente o anonimato.
Quando, e se, chegarmos no ponto de, automaticamente, sabermos quem é o fulano do carro da frente, de trás e do lado, teremos, certamente, bem mais respeito e cuidado com o próximo. O que, na verdade, será mais o cuidado com a nossa própria imagem, pois teremos certeza de que seremos reconhecidos.
MORAL: quando não se tem educação suficiente para que as coisas aconteçam naturalmente, temos que ter mecanismos para a impunidade, mesmo que estes mecanismos sejam de punição da reputação somente. Vide o "bom comportamento" (mesmo que hipócrita, mas é melhor assim) de todos os minimamente educados nas redes sociais.
A arrogância dos motoristas, em geral, escondidos em suas toneladas de ferro em movimento nos entregam um trânsito violento e desumano, onde atropelar alguém muitas vezes é culpa do pedestre que não atravessou na faixa de segurança.
A simples velocidade de um veículo já mostra que o motorista não tem claro seu papel no trânsito, onde um erro, somado à velocidade, pode ser catastrófico.
No post dou uma de visionário pois prevejo sistemas integrados nos veículos que nos façam repensar (ou avaliar melhor) nossas ações pois estaremos sendo notados. Nossos erros e arrogâncias no trânsito terão nome e cara. Seremos nós.
Creio que não estamos muito longe disso.
Tudo vai depender de um sistema que permita que optemos por "aparecer" no trânsito e como aparecer.
Não creio num big brother para nos coibir, e sim numa exposição intencional de nós mesmos, assim como já fazemos nas redes sociais.