A fabricação de módulos para plataformas de petróleo, nos estaleiros brasileiros, deve atingir em 2025 um nível recorde de atividades, próximo aos 70 mil toneladas/ano, de acordo com projeções da Petrobras.
O pico de contratação desse tipo de serviço na indústria naval ocorreu entre 2014 e 2015, quando a contratação de módulos ultrapassou a barreira das 60 mil toneladas/ano. Em seguida, as atividades entraram em declínio e, entre 2018 e 2021, viveram um vale, com um nível inferior a 10 mil toneladas/ano no período.
A Petrobras acredita que o descomissionamento das unidades que chegam ao fim da vida útil serão suficientes para manter os estaleiros nacionais ocupados – e, inclusive, gerar oportunidades para novos entrantes – mesmo sem mudanças nos níveis de conteúdo local.
Existe ainda a expectativa em torno do novo programa de renovação da frota da Transpetro, que está em elaboração e cujas primeiras encomendas devem começar em 2024.
Neste Energy Talks vamos discutir como a nova demanda por unidades de produção e navios pode revitalizar a indústria nacional, que tem uma nova janela de oportunidade para alimentar a curva de produtividade do setor, afetado na última década por uma profunda crise.
Convidados:
Carlos Travassos | diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras
Alberto Machado | diretor de Óleo e Gás da Abimaq
Margarete Gandini | Diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica