Esta unidade temática caracteriza-se como uma proposta didática que se diferencia no ambiente escolar e busca colocar os alunos como atores principais do processo de ensino aprendizagem. Trazer para as aulas de Ciências da Natureza elementos do cotidiano que podem provocar o sentimento de pertencimento, com propósito de discutir as inquietações sociais e que muitas das vezes é silenciada. É nesse cenário que trazemos a história da atividade minerária em nosso país, em nosso estado e na cidade de Mariana, Minas Gerais, e que propomos atividades para a reflexão, discussão e autoria por parte dos nossos alunos. Apresentamos como proposta a confecção das Bionarrativas Sociais (BIONAS), recursos educacionais abertos pelos quais a biodiversidade local se exibe, pode contribuir para o desenvolvimento dos conhecimentos dos alunos e também propiciar um posicionamento frente à temas controversos.
O termo “Bionarrativas sociais” (BIONAS) surge diante da percepção de um grupo de pesquisadores em um projeto intitulado de “Observatório da Biodiversidade”. Durante essa ação foram produzidas narrativas, com abordagens alternativas para o ensino de biologia a partir da concepção da diversidade cultural, também uma extensão subjetiva das produções que exibia questões relativas aos silenciamentos sociais e a possibilidade de se posicionarem frente à alteridade (KATO, ODA, RODRIGUES E SILVA, 2020).
Resultado deste projeto podemos citar uma obra muito importante, o livro Bionas: Para a formação de professores de Biologia: experiências no observatório da educação para a biodiversidade. Com base nas narrativas confeccionadas, circundam incompatibilidades vivenciadas relacionadas ao conhecimento prévio sobre a biodiversidade local e dos conhecimentos biológicos.
A construção das Bionarrativas Sociais (BIONAS) vem sendo inserida como ferramenta promissora para o Ensino de Ciências na Educação Básica, as narrativas digitais se apresentam como mais uma possibilidade de formação e pesquisa que poderá promover conhecimentos e proporcionar informações sobre a Biodiversidade (FOLADOR et al, 2020).