Luísa Lopes é neurocientista e coordenadora do grupo de investigação de Neurobiologia do Envelhecimento, no Instituto de Medicina Molecular. Doutorada em Neurociências pela Universidade de Lisboa, assume atualmente a posição de professora convidada na FMUL.

A segunda parte da conversa com a Luísa debruçou-se sobre o sono, um dos aspetos fundamentais na luta contra o envelhecimento. Inicialmente, discutiu-se a relação entre a sonolência e aspetos como a atividade, temperatura e exposição à luz, com especial foco neste último, procurando compreender o impacto da luz na regulação do nosso ritmo interno. De seguida, a Luísa explicou como o nosso Cronótipo – sermos mais madrugadores ou notívagos – está fortemente impresso no código genético, dificultando muito a possibilidade de ser alterado, nomeadamente através da adoção de comportamentos contrários ao mesmo. Ainda assim, explicou que existem algumas oscilações ao longo das nossas vidas, dependendo da faixa etária. Os adolescentes, por exemplo, têm uma tendência natural para a noturnidade, que vai diminuindo com a idade – um bom argumento para utilizar quando quiserem dormir aquelas horas extra de manhã! Por fim, ainda houve tempo para falar sobre cafeína, algumas das suas principais vantagens enquanto fármaco e a possibilidade de haver uma relação entre o seu consumo e a prevenção da doença de Alzheimer.

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