Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou (Gênesis 1:26-27).
O Deus que nós servimos é uma Família e vive em Comunidade. Quem foi criado a imagem de Deus foi este ser coletivo (homem/mulher). Isso por que, se Ele vai criar a imagem Dele, Ele precisa criar um ser coletivo. Ele precisa criar um ser que precisa falar: Façamos…
Você não é a imagem de Deus, eu não sou imagem de Deus, NÓS SOMOS. É por isso que Jesus falou: Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles (Mt 18:20). Onde Jesus aparece? Onde tem dois ou mais reunidos em nome Dele. É como se Ele dissesse, quando vocês falam NÓS vocês se parecem comigo.
O Éden é o lugar onde não existia eu e meu, só existia nós e nosso. No Éden a mulher não tinha o nome EVA, esse nome foi dado depois da queda, até então era osso dos meus ossos, carne da minha carne, eram dois mas viviam como um, pois um saiu de dentro do outro. Quando a mulher é tirada do lado do homem, ele olha é fica impressionado, como se dissesse: Sou eu mais não sou eu, somos nós. O nome que o homem dá a mulher é uma ampliação do seu próprio nome ish e ishah, pela razão simples, É NÓS! Veja, no Éden só tem nós! Casamento que vive o nós vive o propósito criativo do Éden.
Há um Deus que é uma Família, há um Deus que é uma Comunidade, um Deus que nunca andou sozinho. Agora, em Gênesis 3 a serpente aparece com intuito de levar o homem e a mulher a ser eu. A serpente faz com que a mulher olhe para si e não veja que ela é nós e que ela precisa comer da árvore do conhecimento para se parecer com Deus, que é nós, sendo que ela já era nós!
O propósito da serpente era levar homem e mulher a ser eu, como ela é. E assim ambos escolheriam o que é bom e o que é mal por si mesmo. A serpente vai e tenta a mulher para ela aprender a falar eu. Então vejamos uma outra definição de pecado: Pecado é falar eu.
Olhe para as crianças, elas só sabem falar meu e eu e isso é para tudo. Veja, depois da queda todas as crianças têm como característica evidente o egoísmo.
O pecado veio com um objetivo, separar eu de Deus, e eu de você, para não sermos mais NÓS. A maior causa de divórcio é a incompatibilidade, ou seja, não somos capazes de viver juntos sendo nós, porque somos diferentes demais! São as nossas diferenças que devem nos unir!
Quem disse que tem eu e ela? A serpente! Mas a verdade está no propósito de Deus e ele É NÓS. Preste atenção, os dois se tornam um, certo! Então, aquilo que Deus fez nós o homem não pode fazer virar eu. Lamentavelmente muitos casais nunca foram nós, foram dois eu morando juntos. Enquanto um “eu” não pisa no calo do outro “eu”, eles vão vivendo em harmonia, mas basta um eu pisar que os “eus” se conflitam.
Você precisa compreender que o pecado é algo muito forte. Veja, Deus nunca foi criado, Ele é eterno um Deus triuno. Sendo Deus onipotente teria algo ou força suficiente que fosse capaz de separar a trindade? Sim, o pecado fez isso! Na cruz Jesus gritou:
À hora nona, clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Marcos 15:34)
O sofrimento no Getsêmani não era por causa dos flagelos e sim porque Ele teria que enfrentar a maior maldição que existe, SER EU, sendo que durante toda eternidade Ele só sabia ser NÓS. Jesus aceitou na cruz a experiência de ser EU, para devolver a nós a capacidade de sermos NÓS. Jesus aceitou gritar Deus meu, Deus meu… para que hoje aqui eu e você, NÓS, pudéssemos gritar Pai nosso. Você pode olhar para o lado e dizer É NÓS e para o céu e falar É NÓS.
Adão é no V.T um ser coletivo e no N.