É possível uma tira sobre crianças, criada há quase um século, ser adorada por um séquito fiel, formado por alguns dos maiores quadrinistas do mundo? Sim, se a obra em questão for Nancy, do norte-americano Ernie Bushmiller. De Daniel Clowes a Caroline Cash, passando por Lucas Varela e Joost Swarte, os fãs do trabalho parecem enxergar algo mais profundo nesse quadrinho sobre banalidades infantis, protagonizado por uma menininha de design inconfundível. Olhando mais de perto, Nancy de fato se transforma em algo maior: é arte de vanguarda, arte metalinguística – e ainda funciona como modelo a ser replicado na escrita e no desenho de tiras. Para aproveitar que em 2024 Nancy voltou com força ao imaginário das HQs, sendo republicada após anos fora de catálogo e ganhando até mesmo um evento temático nos EUA, o Krazy Kazt mergulha nessa "tira das tiras", esmiuçando o que faz a criação de Bushmiller algo tão único no universo dos quadrinhos.
No post sobre este episódio no site do Krazy Kazt, você encontra todas as tiras analisadas.
Links
– Onde ler Nancy (1): página com tiras clássicas do Bushmiller no site GoComics
– Onde ler Nancy (2): perfil no Bluesky com postagens diárias
– O conservadorismo de Harold Gray, criador de Little Orphan Annie
– Artigo How To Read Nancy original, de Mark Newgarden e Paul Karasik
– Palestra de Alan Watts e Sluggo zen
– Vídeo com livro infantil da Nancy por Olivia Jaimes
– Nancy (1982), quadro de Andy Warhol não finalizado
– Love's Savage Fury, história de Mark Newgarden para a antologia Raw #8
– Nancy in USA, zine do artista português Filipe Matos
Créditos musicais
– Moonlight, de Conrad
– Alabama Jubilee, de R. Crumb And His Cheap Suit Serenaders