As primeiras cearenses que conseguiram enveredar na imprensa e na literatura nasceram na segunda metade do século XIX.
Os nomes e as obras de algumas resistiram ao tempo; outros chegaram ao século XXI praticamente desconhecidos.
É de Emília Freitas o primeiro romance brasileiro da literatura fantástica. Alba Valdez foi a primeira mulher a entrar na Academia Cearense de Letras. Francisca Clotilde escreveu o romance “A Divorciada”, 75 anos antes da lei que permitiu o divórcio no país. E Henriqueta Galeno foi responsável por abrir caminho para novas gerações de mulheres escritoras.
A jornalista Heloísa Vasconcelos se empenhou na missão de recuperar e contar o legado dessas mulheres no livro-reportagem “Ipomeias: Mulheres do Século XIX na Imprensa Cearense”. Legado esquecido e ignorado pela historiografia literária e da imprensa.
Nesta edição do Rádio Debate, veiculada no dia 1º de março de 2024, a gente mergulha no passado e viaja para o presente para discutir esse apagamento histórico.
Participam do programa:
> Heloísa Vasconcelos, jornalista e escritora. É a autora do livro "Ipomeias: Mulheres do Século XIX na Imprensa Cearense", resultado do seu trabalho de conclusão de curso no Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) em 2018;
> Gabriela Ramos, também jornalista formada pela UFC, mestre em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Letras: Literatura Comparada da Universidade Federal do Ceará. Foi orientadora do trabalho da Heloísa na UFC quando esteve como professora substituta do curso de Jornalismo.
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Roteiro e Produção: Raquel Dantas
Apresentação: Carolina Areal
Operação de Áudio: Leandro Stigliano