Marcos Baptistucci, VP de Pessoas e Cultura da Randoncorp, revela a estratégia de sustentabilidade da companhia do setor de transportes. Para o executivo, ESG não é diferencial competitivo, mas transformação social. Ao todo, 44% das receitas do negócio já vêm de produtos sustentáveis e R$ 270 milhões foram investidos na agenda, desde eletromobilidade até programas pioneiros de saúde mental com 1.900 funcionários. Confira!

Em dezembro de 2024, o Brasil aprovou a lei que cria o mercado regulado de carbono. Isabela Morbach, sócia da CSMR e diretora do CCS Brasil, explica como o sistema vai transformar a economia brasileira. "Estamos falando de um mercado que vai ser aplicado para quase toda a economia brasileira", destaca. O primeiro obstáculo é criar o órgão gestor com autonomia suficiente para resistir às pressões políticas. A especialista ainda discute a entrada de setores estratégicos à pauta, como o agronegócio. "Colocar preço de carbono significa aumentar o custo. Queremos aumentar o preço da comida?", provoca.

Camila Ramos, CEO da CELA, revela as principais tendências da transição energética brasileira no ano da COP30 e alerta sobre o contexto geopolítico desafiador com Trump. A especialista explica como as baterias estão revolucionando o setor com custos 40% menores, o boom dos data centers que já consomem 1/3 de toda energia limpa do país, e como tecnologias como hidrogênio verde podem descarbonizar setores altamente emissores.

Você sabia que sustentabilidade pode ser o diferencial competitivo de uma empresa? Geraldine Mauro, Head de Sustentabilidade da Boehringer Ingelheim, revela números impressionantes que conectam saúde e negócios: 500 hospitais capacitados para detectar AVC em tempo hábil, 470 mil exames respiratórios gratuitos que fortalecem o Sistema Único de Saúde e em Paulínia, no interior de São Paulo, a primeira unidade carbono neutro da companhia. "A gente vive a sustentabilidade de forma muito descentralizada. É importante que cada colaborador tenha esse propósito junto a eles", revela a executiva sobre o modelo que funciona há mais de 130 anos. Atuando em mais de 100 países, a farmacêutica enfrenta o desafio brasileiro de promover equidade em saúde em um país continental.

Você sabia que os desastres climáticos já custaram mais de 730 bilhões à economia brasileira? Maria Neto, diretora do Instituto Clima e Sociedade, revela os custos reais da inação climática e explica por que integrar economia e clima não é mais uma opção -- é questão de sobrevivência. Em bate-papo, a executiva também fala sobre as oportunidades da COP30 e do Brasil como provedor de soluções verdes. Isto tudo, em um contexto geopolítico desafiador: "Trump já disse que quer pegar a Groenlândia por causa dos recursos naturais", diz.