Há 10 semanas inauguramos nosso Pod-Questionar História com a série “Vozes da Quarentena”. Ao longo desse período abordamos temas relevantes sobre esse momento crítico que estamos vivendo. Quando começamos nossa série, no dia 3 de junho, o número de morto no Brasil chegava a 25 mil. Nesse momento, quando lançamos o último episódio da série, esse número bateu às 100 morte e mais 2 milhões e 800 mil infectados. Grande parte disso, tem sido o resultado de uma política desastrosa de descaso, negação e irresponsabilidade que menosprezou a gravidade da situação vivida. Mas esse não foi o único caso na história. Em épocas de graves crises sanitárias, é comum assistirmos as práticas de negação e omissão de governantes. Este é o objeto do último podcast dessa série.  Para a historiografia das doenças, tais fenômenos ultrapassam a esfera biológica, pois são vivenciados socioculturalmente. Portando, a doença é socialmente construída, enquadrada por uma configuração particular de necessidades, percepções e expectativas. Entre as pesquisas dedicadas às doenças, as epidemias ganharam destaque. Momentos extraordinários, disruptivos, tensos e de forte impacto social, as epidemias do passado podem iluminar questões lançadas pela Covid-19. Cada epidemia aponta para elementos específicos do espaço/tempo no qual se manifestam. Por outro lado, os choques causados provocam, também, inquietações e respostas semelhantes, ao apresentarem dilemas comuns, decorrentes da necessidade de explicação e de combate às moléstias. Assim, as epidemias do passado lançam luzes sobre as ideologias e mentalidades das sociedades em que tais eventos se manifestaram e, ao mesmo tempo, ajudam a entender outros fenômenos do tipo.

Bem vindas e bem vindos ao Pod-Questionar. Um PodCast voltado aos conteúdos históricos e temas afins, um projeto ligado ao Laboratório de Pesquisas em História Cultural-Lapehc, do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri-URCA, eu sou Sônia Meneses e hoje encerramos nossa série especial  “Vozes da Quarenta” É com o tema do negacionismo fechamos nosso debate, assim, o tema de hoje é:

O tema de hoje é: “O anjo exterminador paira sobre nós”: pandemias, infâmias e negacionismo científico.? Para conversar conosco, o professor e  historiador Jucieldo Alexandre da Universidade Federal do Cariri.

Ficha técnica:

Coordenação e apresentação Sônia Meneses

Roteiro do Episódio: Jucieldo Alexandre

Edição de Áudios e apresentação: Lucas Chaves

Produção textual: Valéria Rélvia

Divulgação e mídias Lais Shauanny

/Nesse ano de 2020 a humanidade foi assombrada pela epidemia de Covid-19 que a essa altura, passados 4 meses do reconhecimento de seu status epidêmico pela OMS, já são quase 700 mil mortes no mundo no Brasil estamos preste de atingir a triste cifra de 90 mil mortos. Mas essa não foi a única pandemia da era moderna a assombrar a humanidade, entre 1918 e1919 o mundo vivenciou a primeira pandemia dessa era.  O vírus da influenza, que ficou conhecido como “gripe espanhola” ou “bailarina”, teve seus primeiros casos nos Estados Unidos no começo de 1918 e em setembro daquele ano já havia se espalhado por todos os países. No Brasil, a “Bailarina” chegou abordo do navio “Demerara”, procedente da Europa (Liverpool e Lisboa), atracando no porto de Recife - PE em 09 de setembro deixando 72 passageiros. Alguns infectados pelo vírus passaram ainda por Salvador, chegando ao Rio de Janeiro dia 16 do mesmo mês. Além dessas três capitais, o vírus se espalhou pelos demais estados do Brasil tirando a população para uma dança macabra entre setembro de 1918 e fevereiro de 1919 com a infecção de milhões de brasileiros, causando a morte de mais de 30 mil pessoas. No Cariri cearense, a “bailarina” chegou de trem para promover seu espetáculo lúgubre em 08 de outubro e durante os três meses seguintes, ceifando a vida de mais de 1.500 carirenses. Foram dias de dor, sofrimento e muitas perdas. Em dezembro de 1918, chegou-se à média de 20 sepultamentos diários, atingindo somente num dia (23/12) a marca de 46 enterros.

Bem vindas e bem vindos ao Pod-Questionar. Um PodCast voltado aos conteúdos históricos e temas afins, um projeto ligado ao Laboratório de Pesquisas em História Cultural-Lapehc, do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri-URCA, eu sou Egberto Melo e estamos finalizando a série “Vozes da Quarentena” como o segundo episódio especial que trata das pandemias. O tema de hoje é:  A “bailarina” faz no Cariri um espetáculo macabro – a gripe espanhola no Cariri cearense  com a historiadora e professora Fátima Pinho da Universidade Regional do Cariri.

FICHA TÉCNICA:

Coordenação: Sônia Meneses

Apresentação: Egberto Melo

Roteiro e entrevista: Fátima Pinho

Edição de Áudio: Lucas Chaves

Mídias e divulgação: Lais Shauanny

Apoio: Valéria Rélvia

Por mais que reclamemos e até amaldiçoemos esses tempos pandêmicos que estamos vivendo, uma coisa é certa: é uma experiência marcante, angustiante é certo, mas que nos enseja uma série de reflexão. Uma delas é como as pandemias, epidemias e surtos de doenças são narrados pelos meios de comunicação. Quando falamos em narrativas escritas, a abordagem fica restrita aos tempos pós-gutemberguianos, ou seja, aos períodos moderno e contemporâneo. Em se tratando do Cariri cearense, espaço localizado no extremo meridional do estado, essas narrativas se limitam ao período posterior à segunda metade do século XIX, quando a imprensa é fundada na região.

Bem vindas e bem vindos ao Pod-Questionar. Um PodCast voltado aos conteúdos históricos e temas afins, um projeto ligado ao Laboratório de Pesquisas em História Cultural - LAPEHC, do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri - URCA.

Eu sou Túlio Henrique Pereira e, dando sequência à série “Vozes da Quarentena”, que traz reflexões com historiadoras e historiadores sobre esse grave momento atual, iremos abordar o tema “narrativas sobre epidemias no Cariri cearense”.

Para conversar conosco, o professor e historiador Carlos Rafael Dias, do Departamento de História da URCA, que vai tratar de epidemias que grassaram por essas bandas do Ceará e como elas foram narradas, notadamente, pela imprensa escrita regional.

Ficha técnica:

Coordenação Geral: Sônia Meneses

Apresentação: Túlio Henrique Pereira

Roteiro: Carlos Rafael Dias

Edição de Áudio: Lucas Chaves

Divulgação: Laís Shauanny

Apoio: Valéria Rélvia

O Novo Coronavírus é uma doença que ataca o sistema respiratório. A falta de ar progressiva tem matado grande número de pessoas, já são quase 600 mil mortos pelo mundo. George Floyd, um homem negro estadunidense, morreu em plena pandemia, evocando suas últimas palavras: “eu não consigo respirar”. Sua morte não foi por causa do coronavírus. Foi por sufocamento. O joelho de um policial branco pressionou seu pescoço até a morte. Essa cena de execução gratuita foi filmada e desencadeou uma série de protestos pelo mundo. Os manifestantes tomaram as ruas para protestar contra a violência policial, contra o racismo e pelas vidas negras. Um dos gestos mais emblemáticos desses protestos foi a organização da derrubada de estátuas coloniais.

Bem vindas e bem vindos ao Pod-Questionar. Um PodCast voltado aos conteúdos históricos e temas afins, um projeto ligado ao Laboratório de Pesquisas em História Cultural-Lapehc, do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri-URCA, eu sou Sônia Meneses O tema de hoje é As estatuas também morrem: monumentos coloniais, memória e violência. Para conversar conosco o professor e pesquisador Thiago Florêncio.