Onde foi que a velocidade engoliu-nos tempo?
E ficamos a ver passar vagões sem distinguir formas, sem tocar o palpável. Onde foi, que perdemos o lugar na janela
que tanto gostávamos
Da vista e do vento?
Estamos como os passantes da calçada, sempre com pressa de chegar
correndo atrás,
dos ponteiros. (Rogelia Pinheiro, 2021)