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Quão dolorida a vida pode ser: a maldade, a consequência e a correção do nosso pecado - 2 Samuel 11-12

Leandro Tinoco

Existe uma estimativa que mostra que cerca de 2/3 dos homens que caem em pecado grave na história bíblica, caem no último terço de suas vidas. Não caem no começo, pois têm um objetivo, uma força e determinação, mas quando alcançam o “sucesso” abaixam a guarda e acabam caindo. Isto me parece muito similar com o que vejo ao nosso redor, especialmente nos últimos anos, vendo o que tem acontecido com os líderes das igrejas e outras organizações cristãs. Davi está agora com cerca de 50 anos e vive o melhor momento de sua vida, mas o transforma no pior momento também. Uma vez que ele procura os desejos de seu coração, Ele não consegue se manter como o homem segundo o coração de Deus. Assim como o fim de um período de busca a Deus com jejuns e orações, o fim de uma caminhada de batalhas e grandes experiências com Deus nos leva a abaixar a guarda e, muitas vezes, é nesse momento que somos vencidos pelos nossos inimigos - o mundo, a carne e o Diabo. É muito comum nesses momentos de sucesso, especialmente se identificamos isso como benção de Deus, nos sentirmos como se fossemos acima da média, salvadores da pátria. Nos tornamos pretensiosos, presunçosos, ambiciosos e narcisistas. Também começamos a acreditar que não precisamos mais batalhar com tanto afinco. Nos dedicamos quando éramos jovens ou no começo da caminhada, mas agora esperamos que outros se esforcem mais na batalha da vida, é como se tivéssemos ganhado o direito de sermos relapsos, preguiçosos e procrastinadores, nos aposentamos da vida dura. Esse poderia ser o momento em que seríamos mais úteis ao Reino de Deus, mas acabamos nos tornando pessoas destrutivas. Davi falha profundamente com a sua família e com várias famílias de Israel, pois muitos morrem por causa de seu pecado. Ele se torna um adultero, um homem mal e insensível, um assassino, um hipócrita manipulador que não mede esforços para ter o que quer e não ser pego por ninguém. Mas ao final ele mesmo parece ser a pessoa que mais sofre seu próprio mal, pois Deus vem ao seu encontro e o corrigi severamente, mostrando Sua justiça mas também o Seu misterioso amor. Nossos pecados não estão escondidos de Deus, eles carregam maldades e consequências doloridas para as nossas vidas e famílias, mas Deus, sendo justo e amoroso, almeja sempre nos trazer ao arrependimento, nos corrigir e nos levar de volta ao lar.

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Obs.: sermão pregado no culto da Igreja Batista Calvário no dia 04-06-23.

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