O aumento do piso salarial dos profissionais está preocupando os diretores dos hospitais filantrópicos e santas casas da macrorregião Sul, o impacto previsto de R$ 6,3 bilhões para o setor. A votação do piso deverá acontecer no dia 4 de maio na Câmara dos Deputados, de acordo com a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC). Em uma coletiva de imprensa na Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), os administradores destas instituições disseram que não têm condições de arcar com o novo piso. Em entrevista a Lara Silva, no Jornal da Rádio Cidade, a presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Estado de Santa Catarina (FEHOESC), Irmã Neusa Luiz, destaca que a situação está bem crítica. “Reconhecemos a importância da luta da enfermagem, porém a preocupação é com quem paga a conta. Já no decorrer dos últimos anos, não teve nenhum reajuste da tabela SUS e os custos cada vez mais elevadíssimos”, completa.

Na reunião na ACIC, estiveram presentes os responsáveis pelos hospitais de Braço do Norte, Orleans, Laguna,Criciúma, Içara, Turvo, Morro da Fumaça, Jacinto Machado, Praia Grande e Meleiro, além da FEHOSC. A Irmã Neusa relata a necessidade de antes de os deputados aprovarem o projeto, estes devem mostrar de onde vão vir os recursos para auxiliar no impacto. “Temos a Política Hospitalar Catarinense que é um apoio que temos recebido do Governo do Estado, mas isso é um incentivo já diante do déficit que os hospitais têm”, conta. A presidente afirma que mesmo com este recurso, não será possível cobrir os custos do reajuste. “O valor que recebemos pela tabela do SUS, não cobre 60% dos custos e os outros 40% são buscados através de alguns convênios com Estado e com emendas parlamentares, para ter um equilíbrio nas contas”, detalha.