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Or
Receita para espantar tristeza
Pega-se uma flor vermelha em cuja luz se espelha
A alegria sutil d'uma alvorada e espeta-se na lapela.
Prende-se uma cigarra alvoroçada com o barulho da mata,
E junta-se o seu canto ao canto soberbo da cascata.
Depois encha o teu peito com o ar frio da madrugada,
Segura no ar o canto de algum seresteiro e enamorado.
Prenda por momentos a luz do ocaso e pensa na amada.
E ponha um pouco de cor em teu coração calado.
Molha o teu cabelo com o orvalho da manhã fria
Toma a caridade ofuscante de uma estrela erradia
E junta tudo isso dentro de tua alma negra de amargura.
Se não sentires dentro de tua alma a calma almejada,
E se teu olhar não tiver a luz clara azul da madrugada,
Então meu grande amigo, para o teu mal, não vejo cura!
Poesia de Nêodo Noronha Dias
Receita para espantar tristeza
Pega-se uma flor vermelha em cuja luz se espelha
A alegria sutil d'uma alvorada e espeta-se na lapela.
Prende-se uma cigarra alvoroçada com o barulho da mata,
E junta-se o seu canto ao canto soberbo da cascata.
Depois encha o teu peito com o ar frio da madrugada,
Segura no ar o canto de algum seresteiro e enamorado.
Prenda por momentos a luz do ocaso e pensa na amada.
E ponha um pouco de cor em teu coração calado.
Molha o teu cabelo com o orvalho da manhã fria
Toma a caridade ofuscante de uma estrela erradia
E junta tudo isso dentro de tua alma negra de amargura.
Se não sentires dentro de tua alma a calma almejada,
E se teu olhar não tiver a luz clara azul da madrugada,
Então meu grande amigo, para o teu mal, não vejo cura!
Poesia de Nêodo Noronha Dias