Sobre o dízimo e as ofertas na igreja local - Mateus 23.23-24

Leandro Tinoco

As pessoas tem confundido religiosidade com exercício espiritual durante toda a história do cristianismo. No entanto, neste momento, outro problema tem se tornado evidente - as pessoas estão tratando o exercício da espiritualidade bíblica como se fosse mera prática de uma religiosidade vazia. A Bíblia não é mais para ser lida e tomada como verdade, mas atualizada a gosto do indivíduo. A igreja não é mais a assembleia dos santos, mas a pessoa sozinha correndo atrás de suas ambições egoístas. O culto não é mais o momento de entrega de vida e busca da vontade de Deus junto com meus irmãos, mas somente um local onde vou consumir produtos religiosos. Nada pode ser colocado como regra ou norma, pois seguimos somente o nosso coração, como se agora ele pudesse ser digno de confiança! Neste texto de Mateus 23, Jesus repreende os fariseus sobre a prática de guardar pequenas coisas da lei, que deveriam ser guardadas, ao mesmo tempo que fugiam das coisas mais importantes da Lei - a justiça, a misericórdia e a fé. Então, é óbvio neste texto, que existem coisas mais importantes que o dízimo, mas também é óbvio que Jesus tratava o dízimo como algo importante da Lei para o Seu povo. Temos hoje nossas próprias maneiras de errar acerca do dízimo. Também escolhemos enfatizar certas coisas da vida cristã em detrimento de outras e, em parte, isso acontece pela nossa ignorância acerca da Palavra ou por uma visão distorcida dela. O fato de tantas igrejas e pastores apresentarem o dízimo da forma errada, também contribuem para alimentarmos os nossos erros. E é claro que sempre podemos ser tentados pelos nossos próprios pensamentos e sentimentos egoístas a acharmos desculpas para não entregarmos nada. A nossa entrega dos dízimos e das ofertas na igreja local é um exercício espiritual importante e faz parte dos mandamentos de Deus para as nossas vidas com bençãos claras como resultado.

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Obs.: sermão pregado no culto da Igreja Batista Calvário no dia 02-04-23.

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