Espiritualidade Católica

Somos chamados a participar da sublime vida de amor que é Deus


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Por Gabriel de Santa Maria Madalena.

"Sede perfeitos, como também vosso Pai do céu é perfeito", disse o Senhor. Para imitar a Deus é necessário saber quem é Deus e qual a Sua máxima perfeição. E isto a Sagrada Escritura nos revela: Deus é caridade. A Escritura não diz que em Deus existe caridade, mas sim que Deus caridade é. Ou seja, tudo o que há em Deus é amor, Deus é essencialmente amor. O amor, mesmo o amor humano, é uma «vontade que tende para o bem»; amar é «querer bem», é o ato pelo qual a vontade se inclina para o bem.

Como Deus é o Ser infinito, então o Seu amor é uma vontade também infinita, que tende para o bem infinito. Ora, e qual é o bem infinito? É o próprio Deus. É por isso que Deus é infinitamente feliz, porque se possui a Si mesmo, satisfazendo infinitamente a sua vontade infinita de bem infinito. Este amor, que é Deus, é pois um amor infinito de complacência no Seu Bem infinito.

Além disso, o Seu abraço se estende às criaturas que Ele criou, a fim de lhes comunicar esse Seu Bem, a Sua felicidade. Por isso, a caridade infinita, que é Deus, também se derrama sobre as criaturas, chamando-as à existência em um ato de amor, não para se deter no bem limitado que está nelas, mas para as levar ao Bem infinito, para as conduzir à Trindade. Ou seja, Deus cria suas criaturas para a Sua glória. Assim nós, pobres criaturas, somos chamados a participar desta sublime vida de amor que é Deus. E é precisamente para isso que a graça nos foi concedida. São Paulo nos exorta, dizendo: "Sêde imitadores de Deus como filhos muito amados; e andai no amor". Semelhantemente ao que acontece em Deus, a nossa vida sobrenatural deve ser essencialmente amor, ou seja, desejo do bem, amor de benevolência para com Deus, amando este Bem infinito, e amando todas as criaturas por causa dele.
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Espiritualidade CatólicaBy Danilo B. M.