O Tricerátops dessa semana tá SHOW! Estamos muito em casa, com quatro bandas que não apenas fazem nossa cabeça, mas que fazem nosso esqueleto todo remexer, é isso mesmo o nosso programa está em RITMO DE FESTA convidando todo mundo a desmontar essa postura blasé e se jogar na pista de dança;

Entre o popular e o erudito, o Tricerátops Show celebra nossa música instrumental brasileira, uma das mais apreciadas e aplaudidas do mundo, em um programa que é facilmente o mais classudo da história deste humilde podcast, porque apresenta uma pequena pílula desta vastidão de ritmos e cores que só o Brasil pode oferecer.

o programa tricerátops show dessa semana está especialmente epilético porque falamos de samba, jazz, disco music e é claro, muito barulho. falamos da carreira de clementina de jesus, sua sobra, sua música, com comentários de werinton kermes, um artista local que fez um documentário sobre a vida dessa grande voz do samba.

werinton kermes, jornalista, produtor cultural, fotógrafo e documentarista brasileiro nascido em sorocaba. assistam o documentário clementina de jesus - rainha quelé no vimeo

A cultura do bar sempre foi um ambiente muito musical, e alguns sons capturaram, com muita precisão, a essência dos seus frequentadores e da vida noturna, e é pensando nisso que fizemos uma seleção especial pensando no ambiente boêmio como um lugar em que sobreviveram hinos da música popular de outras décadas, desde o samba melancólico de Paulo Vanzolini até a ascensão do cancioneiro brega representado por nomes como Odair José, Paulo Sérgio, Reginaldo Rossi, Nelson Ned e Edvaldo Braga que, através de suas interpretações dramáticas cantaram histórias que atingiram profundamente o coração do homem brasileiro da classe trabalhadora... e o que Jair Naves tem tudo a ver com isso? descubra em mais um episódio clássico de tricerátops show!

Das maiores marcas da maturidade tá na contradição de descobrir o prazer no amargo da vida, aquele momento que a gente arranja uma brecha pra pensar na vida e achar graça nas vicissitudes que destino nos reserva, sejam os acidentes inevitáveis da vida, sejam as péssimas escolhas que a gente tem, acho que ser adulto tem a ver um pouco com abraçar as consequências e aprender a conviver com as coisas que fogem o nosso controle… A solidão, o luto, nossas lembranças mais ridículas, nossas pequenas covardias do dia-a-dia, nossas próprias limitações… Eu nunca conheci alguém que tivesse levado porrada, não é mesmo? tudo isso constitui essa nossa miserável existência, e toda essa mediocridade fica poeticamente mais fascinante quando olhamos tudo sob o prisma de um bom e velho copo americano cheio de cachaça.

Óbvio que no meio desse caminho torto que nos guia até o envelhecimento, sempre há de haver um bar, um porto seguro pronto pras nos receber sem julgamentos, você pode ser a pior pessoa do mundo, haverá sempre um copo e uma mesa te esperando em algum canto dessa vida vadia,

Um canto para se refletir sobre péssimas escolhas, ou pode ser também um canto perfeito pára se pagar impulso fazer novas péssimas escolhas.O alcóolatras já encontraram o amor fati, antes mesmo dos estóicos.

O Fato é que o bar faz parte do DNA do brasileiro, seja como um ambiente social, um lugar barato para um date romântico, ou até mesmo um método de terapia, quem nunca foi afogar as mágoas em um copo de conhaque e passou horas ouvindo conselhos de pessoas mais fodidas ainda?

Essa semana, Luitz Terra e Eduardo Aleixo fazem as pazes com um gênero que não é muito popular em suas audições diárias: O Metal!

00:00:00 intro

00:02:51 black sabbath - under the sun

00:08:39 zeni geva - disgraceland

00:12:25 bloco 1

00:27:33 voivod - missing sequence

00:33:18 mr. bungle - quote unquote

00:38:02 bloco 2

00:46:06 alcest - souvenirs d’un autre monde

00:52:16 acid bath - cheap vodka

00:54:31 bloco 2

01:01:08 recomendações

01:08:56 agradecimentos e encerramento

às mulheres que fazem esse podcast: à dani, minha esposa, que prepara o post com links e referências, e também à laís marinoni, que fez as playlists das temporadas anteriores.

também queria agradecer às minas que ouvem o podcast. incrivelmente, nossas estatísticas do spotify dizem que a nossa audiência é 40% de mulheres e 60% de homens, sinal de que nosso conteudo não é só machinho. obrigado às minas, e se a gente falar merda, não se acanhem em nos corrigir

colocando o podcast à prova em um teste de impopularidade, o tema do episódio de hoje é polêmico: vamos falar sobre os cancelados da música e cultura de cancelamento. será que ninguém nunca mais deveria ouvir as músicas que vamos tocar agora?

only pain! hoje, o tricerátops show fala sobre as músicas que ouvimos quando estamos na academia

entre a tragédia e a poesia , o grunge foi a ponte de muitos artistas alternativos para o mainstream, no programa de hoje vamos desvendar os lados extremos dessa travessia, da onde veio a barulhenta música de seatle e para onde ela foi. EM OUTRAS PALAVRAS, o programa de hoje está interessado no proto e pós grunge, o nascimento e a morte do grunge, e a inquietante pergunta: o grunge fez bons filhos? houve uma evolução?

no episódio de hoje, vamos falar sobre o movimento rock in opposition, conhecer o trio australiano glass beams, e ouvir o remix funk de um clássico comunista

tricerátops show percorre emoções extremas! com valium aggelein, deathcrash e as profundezas do slowcore mais depressivo quase parando do mundo, pra todo mundo chorar gostoso em posição fetal. das lágrimas ao balanço contagiante do funk, vamos rebolar agressivo com abp e seu new wave swinguera que botou os punks pra requebrar nas boates mais sujas do mundo. e a lendária e obscura banda cymande e a música negra a serviço da paz e da revolução.

abraço pro dj aramar, pra manu barros e pra laís marinoni