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A pandemia atingiu, de igual maneira, professores(as) de norte a sul do Brasil? A adaptação ao ensino remoto foi menos brusca para quem trabalha em uma capital do que para quem trabalha no interior? No segundo episódio do Profcast o professor Luís Reznik (Profhistória UERJ) entrevista as professoras Roziane Costa e Elisa Defelippe. Roziane trabalha em escola do interior do Maranhão e tem entre seus alunos(as) crianças e adolescentes que vivem na zona rural. Elisa é autora de apostilas de História para os anos iniciais do fundamental e atua na rede particular de ensino no Rio de Janeiro. Vamos ouvi-las?
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Roziane Costa (Piauí)
Sou Roziane Costa, me formei em Licenciatura em História na Universidade Estadual do Maranhão, em 2006, aqui em Caxias, onde moro desde criança, antes morava na zona rural da mesma cidade. Fiz especialização em Gestão pública pela Universidade Federal do Maranhão e atualmente faço parte da primeira turma de mestrado (ProfHistória) do interior do Piauí.
Trabalhei na Educação de Jovens e adultos numa comunidade carente, onde as alunas eram “quebradeiras de pedra” e faziam muito esforço para participar das aulas, acredito que aprendi muito mais com elas do que elas comigo. Hoje sou professora efetiva da Rede Estadual de Ensino do Maranhão e desde 2010 leciono no Ensino Médio. Trabalho numa escola situada na zona urbana, mas que recebe alunos da zona rural. Trabalho também na Rede Municipal de Ensino da cidade de São João do Sóter-MA, cidade que fica a 55km de distância de Caxias e lá leciono desde 2015 no povoado Pedras, zona rural. A escola é chamada de sede por receber alunos de vários povoados, alguns ficam a 30km da escola. O município disponibiliza ônibus para o transporte dos alunos.
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Elisa Defelippe (Rio de Janeiro)
Eu dou aula há 15 anos para o ensino fundamental, apenas em escolas particulares, cujo público tem alto poder aquisitivo. Eu entrei no pH no lugar de uma professora que teve neném. Eu tinha 20 anos e estava no 5o período da faculdade. Eu era monitora e virei professora. É um caminho relativamente comum nessa escola, mas o meu talvez tenha sido precoce demais. Me formei pela UFF e quase toda a graduação tive bolsa de pesquisa com o Jorge Ferreira (estudava Vargas e depois Jango). Também pesquisei na FGV, no CPDOC, muito tempo da graduação. Com 25 anos (2 de formada, mais ou menos) comecei a dar aula no CEAT, em Santa Teresa, um colégio de trabalhadores. Reaprendi a dar aula em um formato muito diferente do que o do pH. Por dois anos fui professora da fundação Cederj, montava cursos de extensão para professores, através de uma plataforma virtual. Há 10 anos, eu comecei a escrever o material de História para os anos iniciais do fundamental. A princípio era só para o pH. Mas ele foi comprado pela Somos, uma empresa gigante. Eu sou autora, portanto, de apostilas de sistema de ensino que são vendidas para todo o Brasil. Foi uma experiência estressante escrever, mas aprendi muito também. Fiz duas pós-graduações, uma em administração escolar e uma em ensino de História, no CPII. Fiz parte por 3 anos de um movimento social de educação popular e dei aulas no Degase, como voluntária. Lá, eu fiz a minha pesquisa do mestrado, ProfHistória. Estudei a maneira como o tempo é percebida pelos meninos internados por serem acusados de cometerem atos infracionais. Defendi semana passada.
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REDES SOCIAIS
www.facebook.com/ProfCastHST
www.twitter.com/ProfCastHST
www.instagram.com/ProfCastHST
A pandemia atingiu, de igual maneira, professores(as) de norte a sul do Brasil? A adaptação ao ensino remoto foi menos brusca para quem trabalha em uma capital do que para quem trabalha no interior? No segundo episódio do Profcast o professor Luís Reznik (Profhistória UERJ) entrevista as professoras Roziane Costa e Elisa Defelippe. Roziane trabalha em escola do interior do Maranhão e tem entre seus alunos(as) crianças e adolescentes que vivem na zona rural. Elisa é autora de apostilas de História para os anos iniciais do fundamental e atua na rede particular de ensino no Rio de Janeiro. Vamos ouvi-las?
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Roziane Costa (Piauí)
Sou Roziane Costa, me formei em Licenciatura em História na Universidade Estadual do Maranhão, em 2006, aqui em Caxias, onde moro desde criança, antes morava na zona rural da mesma cidade. Fiz especialização em Gestão pública pela Universidade Federal do Maranhão e atualmente faço parte da primeira turma de mestrado (ProfHistória) do interior do Piauí.
Trabalhei na Educação de Jovens e adultos numa comunidade carente, onde as alunas eram “quebradeiras de pedra” e faziam muito esforço para participar das aulas, acredito que aprendi muito mais com elas do que elas comigo. Hoje sou professora efetiva da Rede Estadual de Ensino do Maranhão e desde 2010 leciono no Ensino Médio. Trabalho numa escola situada na zona urbana, mas que recebe alunos da zona rural. Trabalho também na Rede Municipal de Ensino da cidade de São João do Sóter-MA, cidade que fica a 55km de distância de Caxias e lá leciono desde 2015 no povoado Pedras, zona rural. A escola é chamada de sede por receber alunos de vários povoados, alguns ficam a 30km da escola. O município disponibiliza ônibus para o transporte dos alunos.
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Elisa Defelippe (Rio de Janeiro)
Eu dou aula há 15 anos para o ensino fundamental, apenas em escolas particulares, cujo público tem alto poder aquisitivo. Eu entrei no pH no lugar de uma professora que teve neném. Eu tinha 20 anos e estava no 5o período da faculdade. Eu era monitora e virei professora. É um caminho relativamente comum nessa escola, mas o meu talvez tenha sido precoce demais. Me formei pela UFF e quase toda a graduação tive bolsa de pesquisa com o Jorge Ferreira (estudava Vargas e depois Jango). Também pesquisei na FGV, no CPDOC, muito tempo da graduação. Com 25 anos (2 de formada, mais ou menos) comecei a dar aula no CEAT, em Santa Teresa, um colégio de trabalhadores. Reaprendi a dar aula em um formato muito diferente do que o do pH. Por dois anos fui professora da fundação Cederj, montava cursos de extensão para professores, através de uma plataforma virtual. Há 10 anos, eu comecei a escrever o material de História para os anos iniciais do fundamental. A princípio era só para o pH. Mas ele foi comprado pela Somos, uma empresa gigante. Eu sou autora, portanto, de apostilas de sistema de ensino que são vendidas para todo o Brasil. Foi uma experiência estressante escrever, mas aprendi muito também. Fiz duas pós-graduações, uma em administração escolar e uma em ensino de História, no CPII. Fiz parte por 3 anos de um movimento social de educação popular e dei aulas no Degase, como voluntária. Lá, eu fiz a minha pesquisa do mestrado, ProfHistória. Estudei a maneira como o tempo é percebida pelos meninos internados por serem acusados de cometerem atos infracionais. Defendi semana passada.
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