Narrações HN até a Amazônia com AK

03 Apresentação Akrãtikatêjê – Gavião da Montanha


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Akrãtikatêjê – Gavião da Montanha
Pará
Tempo de contato: mais intensivo a partir de 1920
Tronco linguístico Jê, língua Timbira
População: aproximadamente 800 pessoas

O povo conhecido como Gavião, habitante das margens do Tocantins, passou a
sofrer com o avanço dos “kupen” – estrangeiros/brancos – no final dos anos 1930,
quando o interesse pela castanha mobilizava empresários e políticos na região de
Marabá. O Serviço de Proteção aos Índios (SPI) tentou por vários anos a
pacificação desse povo guerreiro para evitar que fosse dizimado pela população
local. Os choques violentos com os invasores e as mortes por epidemias reduziram
o povo a 30% de sua população original. O contato do SPI com os grupos Gavião só
aconteceu a partir do final da década de 1940.
Depois veio o tempo de exploração da mão de obra dos indígenas na coleta da
castanha pelo próprio SPI e, a partir da década de 1970, pelas grandes obras do
governo militar, que mais uma vez impactaram a vida e a cultura desse povo
guerreiro.
Seu território foi cortado por estrada, ferrovia e linhas de transmissão de energia, e
aldeias foram alagadas pela hidrelétrica de Tucuruí. Foram décadas até que eles se
reerguessem e retomassem os rituais, as festas, o orgulho de sua identidade, a
alegria de viver.
Nagakura-san visitou a aldeia de Mãe Maria, onde fez poucos registros fotográficos.
A única imagem do povo Gavião da Montanha nesta exposição retrata o grande
líder Payaré com seu filho e uma sobrinha, num barco, no grande lago de Tucuruí,
sobre sua antiga aldeia submersa.
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Narrações HN até a Amazônia com AKBy Instituto Tomie Ohtake