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Em 1974, Elisabeth Noelle-Neumann, cientista política alemã, editou um livro onde apresentou a teoria da Espiral do Silêncio. Segundo esta teoria, a disposição do indivíduo para assumir em público o seu ponto de vista sobre temas controversos depende da avaliação que faz acerca da distribuição atual das opiniões e da sua evolução futura. Ou seja as pessoas estão mais predispostas a exprimir publicamente as suas opiniões quando pressentem que a maioria está, e estará, do seu lado. Por outro lado, tendem a silenciar-se e a ser cautelosas quando pressentem que estão, e estarão, do lado de uma minoria. No fundo é o medo de isolamento.
Esta coação é o preço a pagar pelos indivíduos para garantir a estabilidade da sociedade em que vivem, para garantir a coesão. Ou seja quanto mais pessoas pensarem da mesma forma, mais estável será essa sociedade, mesmo que isso implique o isolamento de alguns.
Neste contexto, em nome de um discurso de tolerância, frequentemente se exerce a intolerância mais radical em relação a qualquer pensamento divergente. Esmagado pela ditadura do politicamente correto, quão perigoso é para uma sociedade quando o cidadão comum percebe que já não pode mais expressar as suas opiniões livremente, pois a diferença de pensamento é cada vez menos tolerada pela opinião pública?
By Ezequiel DuarteEm 1974, Elisabeth Noelle-Neumann, cientista política alemã, editou um livro onde apresentou a teoria da Espiral do Silêncio. Segundo esta teoria, a disposição do indivíduo para assumir em público o seu ponto de vista sobre temas controversos depende da avaliação que faz acerca da distribuição atual das opiniões e da sua evolução futura. Ou seja as pessoas estão mais predispostas a exprimir publicamente as suas opiniões quando pressentem que a maioria está, e estará, do seu lado. Por outro lado, tendem a silenciar-se e a ser cautelosas quando pressentem que estão, e estarão, do lado de uma minoria. No fundo é o medo de isolamento.
Esta coação é o preço a pagar pelos indivíduos para garantir a estabilidade da sociedade em que vivem, para garantir a coesão. Ou seja quanto mais pessoas pensarem da mesma forma, mais estável será essa sociedade, mesmo que isso implique o isolamento de alguns.
Neste contexto, em nome de um discurso de tolerância, frequentemente se exerce a intolerância mais radical em relação a qualquer pensamento divergente. Esmagado pela ditadura do politicamente correto, quão perigoso é para uma sociedade quando o cidadão comum percebe que já não pode mais expressar as suas opiniões livremente, pois a diferença de pensamento é cada vez menos tolerada pela opinião pública?