Ao lermos o texto acima, verificamos que Paulo compara a igreja a um corpo. Por que essa figura? Porque ela é uma das mais completas para descrever a igreja. Paulo destaca três grandes verdades que vamos considerar.
Em primeiro lugar, a unidade do corpo (12.12,13). O corpo é uno. Sua principal característica é a unidade. Todos os que creem em Cristo são um, fazem parte do mesmo corpo, da mesma família, do mesmo rebanho. Essa unidade é espiritual.
Peter Wagner cita dos fatores que mantém a unidade do corpo:
a) O sangue – Ninguém pode fazer parte da igreja a não ser por meio da expiação, da obra da redenção operada pelo sangue de Jesus Cristo. Ninguém entra na igreja sem primeiro ter se apropriado dos benefícios da morte de Cristo e do Seu sangue derramado.
b) O Espírito Santo – O Espírito Santo foi quem enxertou você no corpo. Você foi batizado e introduzido no corpo pelo Espírito. Ele regenerou você, mudou a sua vida, converteu o seu coração. Um membro do corpo pode ser mais cheio do que outro membro, mas nenhum membro está sem o Espírito.
É impossível ser um com alguém que ainda não nasceu de novo e ainda não foi introduzido no Corpo de Cristo. Essa unidade é para os salvos que estão nas mais diversas denominações cristãs, mas não é uma unidade entre salvos e incrédulos. Você é um com qualquer irmão de qualquer denominação, em qualquer lugar do mundo. Essa unidade não é criada na terra, mas no céu; não é feita por homem, mas por Deus. Todos são ovelhas de Cristo e noiva do Cordeiro.
Em segundo lugar, a diversidade do corpo (12.14-20). O que torna o corpo belo e funcional é o fato de ele ter seus membros harmoniosamente distribuídos e todos trabalhando juntos para o bem comum.
Em terceiro lugar, a mutualidade do corpo (reciprocidade, troca) (12:21-30). Deus colocou você no corpo como Lhe aprouve. Exerça a função que Deus lhe deu no corpo. Ficar ressentido por não ter este ou aquele dom espiritual é imaturidade. Devemos exercer nosso papel no corpo com alegria, zelo e fidelidade. Somos únicos e singulares para Deus.
Os dons são dados não para competição nem para demonstração de uma pretensa espiritualidade. O dom visa a mútua cooperação.
Assim, concluímos, que precisamos uns dos outros. Não existe nenhum crente, na igreja, completo em si. Não somos autossuficientes; dependemos uns dos outros. É assim que a igreja de Cristo funciona!
Que Deus nos abençoe
Rosana Firmino
IEQ Sede - Hortolândia