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Estamos na primeira década do novo século, e a agitação social atravessa a Europa, da Rússia a Portugal, onde o governo monárquico se transforma em ditadura efetiva, dando força à revolta republicana. Mas não são essas as preocupações das irmãs Newton na missiva que uma delas, Laura, dirige a Gonçalo Sampaio para que interceda pelo seu irmão Francisco.
Assolado pela malária, torturado pelo reumatismo, pelo clima angolano e, sobretudo, pela falta de dinheiro, Francisco Newton definha. O antigo guarda-livros que teve a oportunidade de ser naturalista – e cujo nome não deve ficar esquecido – aproxima-se do fim da sua vida, e esta não foi fácil.
Contudo, outras injustiças ocupam também Laura Newton, como a atávica subalternidade das mulheres na ciência, com poucas exceções a marcar a diferença, embora o ano de 1907 já tivesse um ligeiro perfume do futuro: na Finlândia, eram eleitas as primeiras mulheres para o parlamento, num sufrágio que já era universal, e mais de 3000 mulheres tinham protagonizado em Londres a primeira grande marcha sufragista. A Laura não deviam escapar estes sinais de mudança…
Texto de Cristiana Vieira e Manuel Miranda Fernandes. Locução de Cristiana Vieira e Adriana Ribeiro.
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Referências Bibliográficas:
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By Estamos na primeira década do novo século, e a agitação social atravessa a Europa, da Rússia a Portugal, onde o governo monárquico se transforma em ditadura efetiva, dando força à revolta republicana. Mas não são essas as preocupações das irmãs Newton na missiva que uma delas, Laura, dirige a Gonçalo Sampaio para que interceda pelo seu irmão Francisco.
Assolado pela malária, torturado pelo reumatismo, pelo clima angolano e, sobretudo, pela falta de dinheiro, Francisco Newton definha. O antigo guarda-livros que teve a oportunidade de ser naturalista – e cujo nome não deve ficar esquecido – aproxima-se do fim da sua vida, e esta não foi fácil.
Contudo, outras injustiças ocupam também Laura Newton, como a atávica subalternidade das mulheres na ciência, com poucas exceções a marcar a diferença, embora o ano de 1907 já tivesse um ligeiro perfume do futuro: na Finlândia, eram eleitas as primeiras mulheres para o parlamento, num sufrágio que já era universal, e mais de 3000 mulheres tinham protagonizado em Londres a primeira grande marcha sufragista. A Laura não deviam escapar estes sinais de mudança…
Texto de Cristiana Vieira e Manuel Miranda Fernandes. Locução de Cristiana Vieira e Adriana Ribeiro.
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Referências Bibliográficas:
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