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#199 O Toque do Amor


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O TOQUE DO AMOR

Ao sermos tocados pela vibração do Amor, permitimo-nos ser elevados pela bela energia da Unidade.

Passamos a olhar para as pessoas de uma maneira completamente diferente: livres da ideia de separação, daquela separação que divide o que é meu do que é seu, o que é nosso do que é deles, o masculino do feminino. 

Passamos a enxergar com visão divina, com o coração, vendo que tudo é uma emanação do Ser Único, que tudo é Unidade manifestando-se em inúmeras formas.

É bonito quando percebemos as pessoas como aglomerados de faíscas que emanam de uma única chama. Fazem parte dessa chama e, ainda assim, cintilam de inúmeras maneiras, como se vivessem suas próprias vidas separadamente. É um espetáculo repleto de brilho. É belo o desígnio do Criador de revelar a Unidade na diversidade de formas.

Isso poderia continuar indefinidamente se estas “faíscas” não tivessem se fixado e se embriagado por sua própria forma, esquecendo-se de que são parte de um todo magnífico… Esquecendo-se de que são meramente atores em um maravilhoso espetáculo de luz. Por esquecerem sua origem, confundem-se, acreditam na autossuficiência, na separação. 

Assim, o Ser Humano original, que receberia e irradiaria a Luz Divina em sua totalidade, torna-se egocêntrico e focado em si mesmo, percebendo os outros como ameaças ao seu “eu” distinto. Esse “eu”, apesar de ilusório, é reforçado até atingir o limite do sofrimento. Porém, ali reside uma oportunidade de buscar ajuda para retornar conscientemente à Unidade.

Multidões de pessoas estão oscilantes. Cada uma delas, cada um de nós, passa freneticamente, absorto no frenesi de seus próprios afazeres, como em um sonho, em letargia. E assim, por gerações, séculos, milênios, giramos em círculos, aprisionados na ilusão de que somos separados uns dos outros e do Todo. Os tempos e as formas mudam, mas tal ideia permanece intacta.

Se compreendemos essas coisas, em momentos como esses, poderíamos gritar, com o coração transbordando de Amor:

“Minha querida irmã, meu querido irmão, libertem-se de tal ilusão! Somos uma só expressão do mesmo Ser! Não há separação entre nós!”

Ao cruzarmos com outro ser humano, ao olharmos em seus olhos e percebermos a confusão de seus pensamentos, a dor que carrega em si, nós nos reconheceríamos, pois também experimentamos a mesma dor. Sob a influência da sublime vibração do Amor, poderíamos sentir o impulso de acolhê-lo em nosso coração, como se disséssemos:

“Está tudo bem, pare de se preocupar. Sua dor é criação do pensamento. A única Realidade é Deus — o maravilhoso Pai-Mãe, Amor, Unidade, o Todo. A Realidade é repleta de Amor e Unidade.”

Quando levados pela vibração do Amor, a sensação do “eu” desaparece. Nem por um instante nos ocorre pensar de forma dividida.

Entretanto, os efeitos desse toque maravilhoso não duram para sempre e, lentamente, mergulhamos novamente no sono. Ainda não estamos suficientemente vazios, puros ou tranquilos interiormente para manter esse estado por muito tempo. Mas chegará o dia em que nossa quietude interior permitirá que a Luz habite em nós para sempre. Chegará o momento em que a Graça descerá sobre nós, e a ação por meio da não-ação nos enobrecerá, de modo que, não mais como indivíduos isolados, possamos mais uma vez nos tornar irmanados.

Que esse dia não demore!

Photo-by-Aaron-Lee-on-Unsplash


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Logon PodcastBy Rosacruz Áurea