Devocional Edificai

1Jo 4:1-6 O espírito da verdade e o espírito do erro - Devocional 810


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A igreja na Ásia Menor, no final do primeiro século, estava sendo ataca- da pelas heresias dos falsos mestres. O gnosticismo incipiente estava sendo proposto como alternativa à fé cristã.
As verdades do cristianismo estavam sendo atacadas desde os seus alicerces. Os mestres gnósticos negavam tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo. Eles pregavam um falso cristo, um falso evangelho, uma falsa fé e um falso amor.
E neste contexto que João exorta a igreja para não dar crédito a qualquer espírito. Em vez de ter uma fé ingênua, os crentes deveriam provar os espíritos se de fato procediam de Deus. A negação da encarnação de Cristo era uma evidência insofismável de que o espírito que estava por trás destes pregadores era o espírito do anticristo e não o Espírito de Deus.
Algumas verdades devem ser aqui observadas:
Em primeiro lugar, um alerta solene (4.1). “Amados, não deis crédito a qualquer espírito...”. A palavra “espírito” neste versículo equivale a ensinamento. Os falsos mestres estavam tentando fazer uma combinação da filosofia grega com o cristianismo.
A proposta deles era um concubinato espúrio entre o conhecimento esotérico e a fé cristã. A heresia nem sempre vem com uma negação ostensiva e integral da verdade. Ela propõe uma parceria. Ela vem com uma linguagem ecumênica.
Ela está disposta a sentar-se à mesa para dialogar. A igreja de Cristo, porém, não pode ser crédula. Ela não pode ser acrítica. Ela não pode dar crédito àqueles que falam em nome de Deus sem trazer integralmente a doutrina de Deus.
Em segundo lugar, uma ordem expressa (4.1b). “[...] antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora”. João dá uma ordem e em seguida oferece a justificativa. Sua ordem tem uma razão de ser. Ela não vem num vácuo.
Porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora, os crentes precisam provar os espíritos, para saber se de fato eles procedem de Deus.
Em terceiro lugar, um esclarecimento necessário (4.2,3). Nisto reconhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessar que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que vem e, presentemente, já está no mundo.
Em quarto lugar, um contraste profundo (4.4). “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”
João faz uma transição dos falsos profetas para os verdadeiros crentes. Os falsos profetas são governados pelo espírito do anticristo; os verdadeiros crentes procedem de Deus, são de Deus e são habitados por Deus.
Os verdadeiros crentes vencem os falsos profetas porque o Deus que neles está é maior do que o espírito do engano que habita nos falsos profetas.
Em quinto lugar, uma procedência distinta (4.5,6). Eles procedem do mundo; por essa razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.
Os falsos profetas procedem do mundo, e os verdadeiros crentes procedem de Deus; o mundo ouve os falsos profetas enquanto os verdadeiros crentes ouvem o ensinamento dos apóstolos. Aqueles que são de Deus ouvem as palavras de Deus (Jo 8.47).
As ovelhas de Cristo ouvem a sua voz (Jo 10.4,5,8,16,26,27). Aqueles que são da verdade, ouvem o testemunho da verdade (Jo 18.37). No entanto, o mundo ouve os falsos profetas.
O mundo é governado pelo espírito do erro e não pelo espírito da verdade.
Pastor Valter dos Santos / IEQ sede
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