Quero, portanto, que os varões orem em todo lugar, levantando mãos santas, sem ira e sem animosidade. Da mesma sorte, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, porém com boas obras (como é próprio às mulheres que professam ser piedosas). A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão. E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio. (vs.8- 12).
Paulo instruía quanto a maneira de cultuar a Deus, a primeira orientação é para os homens, ensinando-os a ter uma vida de oração acompanhada pela santidade e livre de ira e contendas.
A instrução se estende para as mulheres que deveriam escolher pela modéstia, deixando que suas boas obras fossem mais importantes do que suas vestes, penteados ou joias. A elas não estava permitido exercer a autoridade que pertencia aos homens, deveriam aprender em silêncio e não era permitido que ensinassem.
É muito discutido e há muita controvérsia sobre esta orientação do apóstolo Paulo, o que precisamos antes mesmo de nos perguntar o que de fato estava acontecendo naquela comunidade, é lembrar que a situação das mulheres daquela época, era muito diferente de hoje em dia, principalmente se elas forem comparadas a nós, as ocidentais.
Antes do evangelho, as mulheres não eram tratadas com a mesma honra que os homens, foi em Jesus que recuperaram o seu valor e importância perante a sociedade da época.
Quando na carta de Paulo aos efésios ele orienta os maridos a amarem suas esposas e a elas que obedeçam a seus maridos, ele não diminui as mulheres, mas as protege. A mulher moderna que se ofende, se ofende por sua perspectiva ser distorcida por sua realidade cultural atual.
Mas não podemos dizer que a orientação de Paulo seja para nós uma doutrina, simplesmente porque temos na bíblia, história de mulheres que o próprio Deus levantou para ensinar, evangelizar, profetizar.
Essas funções de maneira alguma mudam o fato que a mulher possui o seu papel, que nunca foi menor que o papel do homem, mas a fragilidade feminina é um indício de que precisamos ser assistidas, amadas e honradas. Da mesma forma que a força masculina é um indício de que ele é quem exerce a liderança.
Não é difícil de se imaginar as mulheres perdendo a linha em face de sua nova condição de liberdade. Definir o seu papel e reafirmar o papel masculino era uma proteção para elas mesmas e era isso que Paulo estava fazendo: protegendo as mulheres para não caírem no erro.
Talvez o maior erro que nós mulheres cometemos seja o de não reconhecer a nossa importância como mães e esposas, arriscamos perder a alegria quando, na verdade, estamos cumprindo a nossa missão principal.
Deus nos libertou e cuida de nós, Ele certamente vai cumprir os seus propósitos através da vida de cada mulher que disser sim ao seu chamado.
Pastora Marcela Rosa
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