Essa é a carta mais pessoal do apóstolo Paulo, onde ele abre seu coração e revela seus sentimentos. É uma carta de reconciliação de Paulo com a igreja de Corinto, que provavelmente foi a igreja mais problemática e também a mais amada.

Após escrever a primeira carta, tudo indica que Paulo voltou a Corinto, mas foi uma visita dolorosa, isso pode ser deduzido nos trechos de 2 Cor 12:14 e 13:12 em que ele fala de sua futura visita como uma terceira, portanto houve uma segunda visita. Quando ele fala em 2 Cor 2:1 “Porque decidi por mim mesmo o seguinte: não voltar a me encontrar com vocês em tristeza”, subentende que houve uma visita dolorosa no passado, que não foi a primeira em que ele levou o evangelho.

O apóstolo Paulo escreveu quando estava na Macedônia, mais ou menos um ano após escrever a primeira carta aos coríntios.

Paulo escreveu essa carta para falar das suas aflições e da necessidade da igreja perdoar e restaurar o membro incestuoso que tumultuava a congregação e liderava a oposição ao seu ministério em Corinto (2.6-11). De igual modo, Paulo falou sobre o levantamento da oferta para os pobres da Judeia, ao mesmo tempo, em que fez uma sólida defesa do seu apostolado.

O apostolado de Paulo estava sendo questionado pelos seus oponentes na igreja de Corinto. Eles questionavam os motivos de Paulo organizar uma oferta para ajudar os crentes da Judeia, questionavam a sua coragem pessoal e questionavam até mesmo que ele sofria demais para ser um apóstolo de Cristo cheio do Espírito Santo.

Por isso, a palavra-chave desta carta é CONSOLO. Paulo mostrou que os seus sofrimentos como apóstolo é o meio pelo qual os crentes são consolados. Seus sofrimentos revelam Cristo, que também sofreu, ao passo que a sua perseverança em meio às adversidades, sempre tendo a gratidão e o contentamento em meio as lutas, manifestam o poder do Espírito Santo. Os sofrimentos de Paulo são um meio que Deus usa para revelar a sua glória.

Por isso, nessa carta Paulo abre seu coração ao falar dos seus sofrimentos, do consolo, da perseverança, da glória de Deus e da legitimidade do seu ministério.

Paulo também aborda algumas verdades nessa carta que não são tratadas em nenhuma das outras cartas, como a doutrina da nova aliança, o ministério da reconciliação, a habitação celeste, sua experiência de arrebatamento e visão beatífica do céu e seu espinho na carne.

Paulo revela Jesus Cristo nessa carta como aquele que consola os perseguidos (1:5; 12:9), cumpre as promessas de Deus (1:20), permanece Senhor sobre a humanidade (4:5) e perfeitamente reconcilia os cristãos com Deus (5:19). Paulo declara o salvo como nova criação, reconciliado por meio de Cristo “para que, nele, nos tornássemos justiça de Deus” (5:21).

Pra. Nathália F. Tonezer

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