Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas? Que harmonia, entre Cristo e o Maligno? Ou que união, do crente com o incrédulo? Que ligação há entre o santuário de Deus e os ídolos? Porque nós somos santuário do Deus vivente, como ele próprio disse: Habitarei e andarei entre eles; serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. (vs. 14- 16)
O apóstolo Paulo faz uma analogia, uma comparação, usando uma das proibições do Antigo testamento para Israel. Você pode conferir em Deuteronômio 22:10, onde o Senhor os proíbe de lavrar a terra com tipos diferentes de animais. No texto do Antigo testamento os animais são especificados, o boi e o jumento.
A ilustração é a de dois animais muito diferentes sendo obrigados a trabalharem juntos presos um ao outro, o significado da ilustração pode estar na pureza de um deles e na impureza do outro, quanto pode estar na diferença física e comportamental que possuem, tornando assim impossível trabalharem em conjunto e gerarem o resultado esperado no trabalho.
A impossibilidade da junção dos dois animais fica clara se observarmos as perguntas que Paulo faz no texto: “Que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Que comunhão pode haver entre a luz e as trevas?” São perguntas cujas respostas são óbvias, não há como essas coisas andarem juntas e trazerem benefícios, era preciso que os crentes de Corinto se separassem dos incrédulos.
Era uma sociedade que estava enraizada em uma estrutura pagã, com uma adoração a ídolos intensa, era preciso que os crentes se distanciassem daqueles tipos de cultos, os fieis não poderiam mais fazer parte daquilo.
Então esse texto não é para nós? Como não seria? Ainda fazemos parte de uma sociedade incrédula, cheia de pessoas que professam uma fé em ídolos, pessoas que vivem uma vida em total oposição a vontade de Deus, e que tipo de aliança estamos fazendo com eles?
Decidimos nos prender a essas pessoas e somos obrigados a caminhar no ritmo delas e talvez ser conduzidos por elas para lugares que não queremos ir.
Isso não quer dizer que o cristão vá conseguir viver sem fazer sociedade com um incrédulo, Paulo fala sobre uma aliança espiritual e alguns tipos de sociedades que fazemos é muito difícil separar o espiritual das outras coisas, como num casamento, por exemplo. Cabe a você, sob a revelação da vontade de Deus para sua vida, discernir quais sociedades não vão te prejudicar enquanto “santuário do Deus vivente”.
Pastora Marcela Rosa
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