Podcast de Psicologia

#25 - Você Está "Descontando" na Comida?


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(00:00:00) Introdução: 75% das Pessoas Têm Fome Emocional, Não Física
(00:00:17) O Padrão Neurológico Eating Disorder Continuum (Espectro Alimentar)
(00:00:47) O Loop Neural Exato da Compulsão Noturna (Quebrando o Jejum)
(00:01:35) Comer Emocional Não é Falta de Controle, é Regulação Disfuncional
(00:01:49) Neurociência: Comida Palatável Ativa Cérebro como Dependentes Químicos
(00:02:20) A Reviravolta: Restrição Alimentar Extrema Aumenta a Compulsão
(00:02:43) O Ciclo Restringir-Descontar: Escassez Cerebral e Alto Volume à Noite
(00:03:20) Chave: Você Está Comendo para se Proteger da Fome que Você Criou
(00:03:38) A Comida Virou um Anestésico Emocional (Fuga da Emoção)
(00:03:57) História Pessoal: O Jejum Intermitente Usado como Controle Obsessivo
(00:05:32) O Jejum Não é Vilão: Usar Protocolos como Ferramenta de Compulsão Disfarçada
(00:06:21) Por que o Controle Rígido é o Problema e Não a Solução?
(00:06:52) O Sistema de Sobrevivência: Restrição Ativa Escassez Primitiva
(00:07:27) Gatilho 1: Ansiedade Não Processada (Comida Acalma o Sistema Nervoso)
(00:07:38) Gatilho 2: Vazio Existencial (Comer sem Saber Quem Você É Além da Dieta)
(00:07:48) Gatilho 3: Punição Disfarçada de Cuidado (Autopunição Inconsciente)
(00:08:41) Conexão com o Poder do Hábito: Reprogramando o Loop Neural da Compulsão
(00:09:18) Estratégia 1: O Teste da Fome Real em 30s (Fome vs. Desejo Específico)
(00:10:04) Estratégia 2: O Protocolo H.A.L.T. (Raiva, Solitário, Cansado, Fome)
(00:11:25) Pergunta Final: Qual Emoção Você Está Tentando Não Sentir ao Comer Sem Fome?

Podcast de Psicologia, o seu refúgio semanal para desvendar os segredos da mente humana. Apresentado por Renan Daniel, estudante de Psicologia, este podcast é a sua caixa de ferramentas psicológicas para uma vida mais plena, consciente e com propósito. Aqui, a psicologia não é apenas teoria; é a base para estratégias acionáveis e cientificamente comprovadas que você pode aplicar no seu dia a dia. #PodcastdePsicologia #Psicologia #Autoconhecimento #SaudeMental #DesenvolvimentoPessoal #AutoAjuda

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Transcrição: Deixa eu te falar. Você sabia que setenta e cinco por cento das pessoas que comem emocionalmente não tem fome física real? Elas tem fome emocional. Mas antes de começar, eu preciso te contar algo que quase destruiu a minha relação com a comida e que pode estar acontecendo com você agora sem você perceber. Existe um padrão neurológico chamado disorder continuum e o espectro dos transtornos alimentares, né? Então, onde você não precisa ter um diagnóstico clínico para estar sofrendo de fato e nos próximos sete minutos você vai descobrir se está descontando emoções na comida e como reprogramar esse ciclo. Eu sou o Renan Daniel, estudante de Psicologia e hoje eu vou te mostrar um loop neural exato que me fez quebrar o jejum intermitente comendo em alto volume a noite e o método não convencional que eu usei para sair disso. Então já salva esse episódio, porque eu vou revelar três gatilhos emocionais escondidos que te fazem comer compulsivamente. Então, nos próximos minutos a gente vai falar sobre a neurociência da fome emocional. Porque restrições alimentares criam compulsão. E no final, como diferenciar fome real de fome emocional em trinta segundos? Então fica comigo. Vamos direto ao ponto Comer emocionalmente não é falta de controle. É, sim, um mecanismo de regulação emocional disfuncional. Um estudo de dois mil e dezanove conduzido por uma professora de psicologia de Yale, nos Estados Unidos. Ela usou ressonância magnética funcional e descobriu algo chocante quando as pessoas sobre estresse crônico vêm comida palatável, então açúcar gordura ativação cerebral é idêntica à de dependentes químicos. Vendo drogas, né? E aqui está a reviravolta que ninguém te conta. A restrição alimentar extrema como um jejum mal feito. Dietas muito rígidas aumentam. Essa compulsão alimentar não diminui, aumenta. Um estudo de dois mil e dezoito da Universidade de Minnesota mostrou que restrições calóricas severas tem o poder de gerar obsessão mental pela comida. Então, rituais alimentares e compulsão e o chamado ciclo restringir, descontar. Então você restringe em um dia faz um jejum, uma dieta, um controle muito rígido. O seu cérebro interpreta isso como uma escassez. E aí, à noite, quando a força de vontade ele acaba, você acaba desmontando e comendo em alto volume. Não por fraqueza, mas sim por biologia, né? Então aqui está a metade já do tesouro que eu prometi. Você não está comendo demais por falta de disciplina. Você está comendo porque seu corpo está tentando te proteger de uma fome que você mesmo criou. E não é sua fome física e fome emocional disfarçada de fome física. Pense assim a comida. Ela virou um anestésico emocional, assim como alguém que bebe para esquecer, Você come para se anestesiar, mas espera até ouvir qual emoção específica você está tentando anestesiar. Então, antes disso, eu vou te contar a minha história pessoal. A um tempo atrás eu comecei a fazer jejum intermitente, achando que era a solução para os meus hábitos alimentares ruins. Então ali eu pulava o café da manhã, as vezes almoçava pouco, concentrava tudo numa janela ali da noite. No papel parecia maravilhoso. Então to sobre controle. Mas quando chegava essa janela de alimentação, geralmente depois das dezoito, eu quebrava o jejum comendo em alto volume. Então não era uma fome normal, era aquela urgência de devorar tudo que tinha pela frente. E o pior, eu achava que era normal, porque eu estava jejum o dia todo. Mas não era normal. Era compulsão disfarçada de protocolo alimentar. No dia seguinte eu acordava, li po, putz, mal então, se culpando e tal, Mas o ciclo acabava se repetindo. Eu achava que precisava de mais disciplina, mais controle e tal. Mas cada vez eu ia restringindo mais, a compulsão só ia piorando, né? Até que eu percebi algo brutal eu não estava comendo por fome física. Sabe, eu estava comendo para anestesiar uma ansiedade vazia, emocional, várias outras coisas e o próximo? O próprio jejum ali estava se agravando, né? Então, era um ciclo vicioso perfeito, né? É importante ressaltar que o jejum não é um vilão, né? Quando bem feito, tem até prêmio Nobel e tal de um de um pesquisador sobre isso. Ele tem diversos benefícios. Mas eu estava usando como uma ferramenta de controle obsessivo, não de saúde, né? Mas é através dessa compulsão, né? Então, talvez você viva com isso de outras formas, né? Chega em casa do trabalho estressado, vai direto para a geladeira, briga com alguém, Come. Se sente. Sente ansiedade. Começa a beliscar compulsivamente, Come escondido, come sem fome, mas não consegue parar. Sei que você pode estar pensando mas, Renan, eu preciso emagrecer, preciso me controlar. Espera só dois minutos que eu vou te mostrar por que o controle rígido é um problema e não uma solução. Um estudo de dois mil e dezassete de uma professora da Califórnia analisou trinta e um estudos de dietas extremamente restritivas. A conclusão devastadora foi que noventa e cinco por cento das pessoas que fazem dietas muito restritivas recuperam peso em menos de cinco anos e, o pior, desenvolvem uma relação disfuncional com a comida. Mas por que, né? Porque a restrição severa ativa o sistema de sobrevivência primitiva do cérebro e seu cérebro não sabe da dieta. Ele só sabe da escassez de comida e programa. Biologicamente, quando tiver comida disponível como máximo possível. Então e. Voltando ali ao gancho inicial, né? Então nós vamos falar sobre os três gatilhos emocionais escondidos que te fazem comer compulsivamente. O primeiro é uma ansiedade não processada, então a comida acalma, acalma temporariamente o sistema nervoso. O segundo pode ser um vazio existencial. Então é quando não se sabe quem é você além do corpo e da dieta. E o terceiro é uma punição disfarçada de cuidado. Então a restrição como uma autopunição inconsciente, sabe? Então faltam dois minutos para as técnicas práticas, mas você já pode fazer o que já salva esse episódio, que é extremamente importante que você vá consultando a para ir sempre se lembrando, né? Então, recapitulando, comer emocionalmente não é falta de controle e regulação emocional disfuncional. Restrição extrema. Cria compulsão e não cura. E você está anestesiando emoções, não alimentando uma fome real. Bom, isso se conecta perfeitamente com nosso episódio anterior O Poder do Hábito. Lembra lá do gatilho? Rotina, Recompensa do gatilho. Rotina. Recompensa. Comer emocional é um hábito neural, né? O gatilho é a ansiedade, o tédio vazio. A rotina é comer em alto volume e a recompensa é essa anestesia temporária. Se você ouviu aquele episódio, agora você já consegue ter caminhos para reprogramar esse loop específico. Vale muito revisitar. E se você não assistiu, ouviu? Olha lá que vale muito a pena, né? Então eu vou te dar agora três estratégias práticas, tá? A estratégia um. O teste da fome real em trinta segundos. Antes de comer, pergunte se se a única opção fosse brócolis cozido, eu comeria. Naturalmente, se você não gostar de brócolis. Se a resposta é não, é a fome. Não é fome física. É uma fome simplesmente emocional. Fome real. Aceita qualquer comida? Fome emocional. Quer uma comida específica? Um doce? Um salgado? Algo crocante, sabe? Então identifica com a emoção. Você está tentando anestesiar, anote num papel. Então não estou com fome. Estou com, sei lá. Ansiedade, Tédio, solidão. A estratégia dois é o protocolo Alt h LT, que são as siglas em inglês para alguns sentimentos, alguns sentidos ali, né? Então, antes de comer fora. Comer fora da fome física, né? Cheque primeiro. Estou com uma fome real, ou com raiva, ou solitário ou cansado. Então Raiva. Solitário, cansado. Se você tiver qualquer um desses, exceto fome, a comida não vai resolver. Beba água, respire fundo por três minutos ou ligue para alguém. Seu corpo nesse momento não precisa de comida, precisa de regulação emocional. E o terceiro compartilhe esse episódio com alguém. Então compartilha dizendo Ouvir sobre comer emocional e me identifiquei. Vamos tentar juntos? Verbalize esse padrão, né? Verbalizar esse padrão pode tirar o poder dele, sabe? E cria naturalmente uma rede de apoio. Então já salva esse episódio. Adiciona na biblioteca para revisitar quando toda vez que a compulsão bater, você revisar esses esses pontos, né? E agora eu vou te deixar uma pergunta final Qual emoção específica você está tentando não sentir cada vez que come sem fome? E o que aconteceria se você sentisse ela de verdade, sem anestesiar? Então, qual emoção específica você está tentando não sentir cada vez que
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