Enxoval quase pronto, quartinho decorado, roupinhas organizadas. Geralmente, esses itens entram na lista de afazeres de quase toda grávida que está na 30ª semana de gestação.

Apesar da preparação em comum, uma mulher que engravidou há 30 semanas não poderia imaginar que o mundo estaria como está.

A pandemia do coronavírus mudou expectativas e até muitos valores de gestantes. Neste episódio, ouvimos gestantes que apontam  o que mudou com o isolamento isolamento social.

O ultrassom é um dos momentos marcantes para os pais que esperam um filho. Ouvir o som do coração e saber que está tudo bem com o bebê que se desenvolve é um dos grandes desejos dos pais. Porém, em alguns casos, malformações são descobertas ainda no ventre da mãe. Graças ao avanço da medicina, algumas delas podem ser corrigidas ou amenizadas antes mesmo do nascimento do feto.

É o caso da mielomeningocele, um defeito congênito no fechamento das estruturas que protegem a coluna vertebral que pode deixar a medula exposta ao líquido amniótico da placenta. Essa malformação, também chamada de espinha bífida, é causada pela deficiência de ácido fólico no corpo da mãe.

Neste episódio, acompanhe a cirurgia realizada no Ben, ainda no ventre da Gabriele, 23, no Hospital Israelita Albert Einstein.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) 140 milhões de partos são feitos todos os anos no mundo, No entanto, é difícil precisar quantos foram violentos.

O termo violência obstétrica vem ganhando fôlego no mundo e ajudando a estabelecer limites na relação entre gestante e equipe médica. Aqui no Brasil, um levantamento da Fundação Perseu Abramo aponta que violência obstétrica atinge uma em cada quatro mulheres brasileiras.

As agressões, no entanto, são ainda maiores quanto há um recorte racial.

Nos últimos 30 anos, muita coisa mudou no nascer. Tornaram-se obsoletas técnicas e procedimentos técnicas amplamente aplicados em partos hospitalares. Hoje é inadmissível que uma manobra como a de Kristeller, quando é aplicada pressão na parte superior do útero para expulsar o bebê, seja feita em qualquer hospital. O que antes era rotina pode ser interpretado agora como violência. O 40 Semanas discute com dois especialistas como diminuir a incidência de casos.

Violência obstétrica não quer dizer uma agressão física intencional necessariamente. Não é tapa ou um soco.

Mas sim usar de técnicas ultrapassadas, como episiotomia, que é um corte entre a vagina e o ânus, e a manobra de Kristeller, subir na barriga da mãe pra empurrar o bebê. E tem também as violências verbais. Uma clássica é dizer à mulher prestes a parir que "na hora de fazer o bebê ela não gritou". 

Muitas das agressões na hora do parto podem acontecer por uma falta de conhecimento dos direitos da gestante. 

A quarentena e as restrições de circulação impostas pelo novo coronavírus têm alterado o mundo que conhecíamos. A possibilidade de ter um filho em casa nesses tempos agora é tratada como uma opção para mães e pais que até pouco tempo sequer cogitavam isso.

É sobre o parto domiciliar que falaremos nesta semana.

Na 25a semana de gestação não há mais dúvidas de quem vem um bebê por aí: o feto se movimenta e escuta  sons internos e externos. Os exames de ultrassom mais modernos conseguem até mostrar as expressões que ele faz dentro do útero. A mãe sente as mexidinhas, as dores nas costas e as percebe as estrias aparecendo. 

Mas, ainda assim, a mulher precisa do reconhecimento dos outros pra completar o entendimento de que está grávida. Pode ser pela boa ação de um desconhecido ao ceder uma poltrona no ônibus ou pela reunião de amigos e familiares em um chá de bebê.

Em tempos de coronavírus, interações sociais podem não ocorrer com tanta frequência. E aí vem o desafio: como se preparar para a chegada de um bebê sem o apoio presencial das outras pessoas?

Este é o tema do 40 Semanas.

O 40 Semanas abre espaço para discutir o impacto do coronavírus nas gestações. Embora muitos planos e metas tenham sido suspensos, outras coisas continuam acontecendo. Uma gravidez, por exemplo, segue apesar do dos casos de Covid-19. 

Ouvimos as impressões de duas obstetras sobre o trabalho com gestantes em tempos de pandemia. Desmentir fake news e tranquilizar as futuras mães são exemplos de duas tarefas incorporadas às rotinas das profissionais. 

Nesta semana, contamos a história de três amigos que se aventuraram para que uma gestação fosse adiante.

Além das técnicas de fertilização e inseminação artificial, há um outro jeito de se gerar um bebê: a barriga de aluguel.

Na verdade, o termo que já foi até nome de novela não é o mais usado no Brasil, porque não é permitido pagar para uma mulher gestar uma criança. Por isso, fala-se barriga solidária. Este é o tema desta semana.