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O documentário o Dilema das Redes também poderia se chamar o dilema do capitalismo de vigilância. Mas para isso, o filme de Jeff Orlowski precisaria extrapolar o mea culpa dos principais entrevistados — engenheiros, cientistas de dados, executivos e investidores do Vale do Silício —, que foram corresponsáveis pela ascensão das bigtechs e pelo modelo de negócios dessas empresas baseado na extração e monetização de dados dos usuários, com o objetivo de vender anúncios em suas plataformas.
“Esses mercados são um ataque à democracia e à liberdade. E deveriam ser proibidos. Não é uma proposta radical. Já proibimos outros mercados. Proibimos o mercado de órgãos humanos. Proibimos o mercado de escravos humanos. E os proibimos porque eles têm consequências destrutivas inevitáveis”, afirma Shoshana Zuboff, autora de A Era do Capitalismo de Vigilância, uma das vozes mais críticas no filme.
Os outros entrevistados admitem que as tecnologias que eles ajudaram a criar acentuam a polarização política no mundo, a desinformação, desestabilizam regimes democráticos, podem servir à perseguição de minorias políticas e à manipulação de eleições, potencializam populismos e diversas outras distrações. No entanto, eles vacilam em oferecer saídas contundentes.
By Coalizão Direitos na RedeO documentário o Dilema das Redes também poderia se chamar o dilema do capitalismo de vigilância. Mas para isso, o filme de Jeff Orlowski precisaria extrapolar o mea culpa dos principais entrevistados — engenheiros, cientistas de dados, executivos e investidores do Vale do Silício —, que foram corresponsáveis pela ascensão das bigtechs e pelo modelo de negócios dessas empresas baseado na extração e monetização de dados dos usuários, com o objetivo de vender anúncios em suas plataformas.
“Esses mercados são um ataque à democracia e à liberdade. E deveriam ser proibidos. Não é uma proposta radical. Já proibimos outros mercados. Proibimos o mercado de órgãos humanos. Proibimos o mercado de escravos humanos. E os proibimos porque eles têm consequências destrutivas inevitáveis”, afirma Shoshana Zuboff, autora de A Era do Capitalismo de Vigilância, uma das vozes mais críticas no filme.
Os outros entrevistados admitem que as tecnologias que eles ajudaram a criar acentuam a polarização política no mundo, a desinformação, desestabilizam regimes democráticos, podem servir à perseguição de minorias políticas e à manipulação de eleições, potencializam populismos e diversas outras distrações. No entanto, eles vacilam em oferecer saídas contundentes.