Agora que você entendeu o dilema entre cérebro e máquina, sua compreensão da filosofia por trás da Arte de Hackear o Tempo ficará muito mais clara.

É importante saber classificar as atividades em um desses grupos, pois assim fica mais fácil descobrir quais tecnologias podem ser utilizadas para alcançar o mesmo resultado que a execução manual alcança, e depois disso, substituir a execução manual com sucesso.

A melhor forma de hackear o tempo é utilizar tecnologias que trabalham por você, seja através da criação de linhas temporais secundárias ou através da utilização de pequenas ramificações do tempo.

Para entendermos os prós e contras da relação entre nosso cérebro e os computadores, precisamos entender o padrão em comum entre eles, então dá uma olhada na ilustração abaixo:

A seta da esquerda representa a entrada.

A caixa representa o processamento.

A seta da direita representa a saída.

Essa pequena operação de três passos representa à grosso modo tanto como nosso cérebro funciona, quanto como computadores funcionam.

E lembre-se: quando cito “computadores” estou me referindo a qualquer dispositivo computacional, desde o tradicional PC até o iPhone mais recente.

Todos nós temos na palma de nossas mãos uma ferramenta tão poderosa, ao ponto de conseguirmos compará-la a uma joia espacial intergaláctica de uma obra de ficção.

Da mesma forma que em “Vingadores - Ultimato”, uma joia espacial é capaz de criar uma ramificação do tempo e linhas temporais secundárias, seus dispositivos computacionais tem o mesmo poder, basta você saber como utilizá-los para isso.

Nossos dispositivos são capazes de criar linhas temporais secundárias com atividades sendo executadas nelas, ao invés de serem executadas na nossa linha temporal primária.

Bom, acabei de te mostrar que é possível ter dias de 48 horas no mínimo, e ainda não estamos nem na metade do livro.

Se ainda não ficou claro pra você o motivo de serem 48 horas no mínimo, dá uma olhada na representação visual das minhas linhas temporais secundárias.

Essa é a representação visual do meu tempo.

Meus dias, no momento em que estou registrando essa informação, são compostos por 24 horas da minha linha temporal primária, e mais 120 horas das linhas temporais secundárias criadas pelas 5 tecnologias que trabalham por mim todos os dias, o dia inteiro.

Isso totaliza 144 horas.

Anteriormente citei que hoje tenho tecnologias que trabalham por mim em diversas atividades essenciais, como garantir renda básica, investir e rentabilizar meu capital, divulgar a Arte de Hackear o Tempo, buscar oportunidades em empresas de tecnologia líderes que sou fã e iniciar um relacionamento com pessoas que eu quero que me conheçam.

Essas tecnologias trabalham por mim 24 horas por dia durante 7 dias por semana, ou seja, cada uma delas representa uma linha temporal secundária. A primeira delas, é a que garante minha renda básica, buscando, encontrando e abordando empreendedores e empresários do mundo inteiro e os apresentando ferramentas que os ajudam em seus negócios.

O primeiro e mais básico dos conceitos é a linha temporal primária, que é o conjunto de atividades sequenciais que vivenciamos como fluxo do tempo, uma após a outra.

Em outras palavras, a linha temporal primária é o que chamamos de vida. É importante entender alguns princípios sobre ela, um dos principais é entender que na linha temporal primária é impossível realizar duas atividades ao mesmo tempo.

As vezes temos a sensação de que estamos fazendo várias coisas ao mesmo tempo, mas na verdade não estamos.

É humanamente impossível realizar múltiplas atividades simultâneas e pode ter certeza que se você realiza três atividades “ao mesmo tempo” você vai demorar três vezes mais tempo para concluir.

Assim que aceitei o desafio, iniciei minhas pesquisas imediatamente, juntando todo o material que tinha encontrado nas minhas buscas anteriores com algumas fontes de inspiração alternativas, que eu geralmente uso quando estou imerso em processos criativos.

Minha primeira, e mais óbvia fonte de inspiração foi Vingadores Ultimato, afinal, era o único tema que estava em pauta há 6 meses consecutivos sem perder a posição no ranking da cultura pop.

Como eu estava imerso em pesquisas sobre o tempo, imaginei que um filme sobre viagem no tempo fosse colaborar no processo criativo e com as observações das hipóteses cientificas, mesmo sendo assistindo pela centésima vez.

Como já citei, se você nasceu no Brasil, entre os mais de 200 milhões de habitantes que fazem parte da classe média, você já nasceu condenado a décadas de vida a menos. Desde criança, você aprende que deve vender seu tempo em troca da sobrevivência básica, ou você não sobrevive.

Segundo o Dicionário Oxford, o tempo é a duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro; período contínuo no qual os eventos se sucedem.

Segundo a Física, o tempo é a grandeza física diretamente associada ao correto sequenciamento, mediante ordem de ocorrência, dos eventos naturais.

Ambas as definições mostram que o tempo é subjetivo e diretamente relacionado a nossa percepção, é possível experimentar essa observação quando o tempo passa mais rápido ou devagar com base no nosso nível de interesse em alguma atividade...

O primeiro passo para virar o jogo é entendermos que nós, como humanos, somos superiores em cognição, e por causa dessa superioridade cognitiva, criamos ferramentas que são superiores a nós em execução.

Partindo desse princípio, percebemos que pra virar esse jogo temos que concentrar nosso tempo em atividades cognitivas e colocar tecnologias para realizar nossas atividades executivas.

Precisamos nos questionar: por que estamos “usando a tecnologia para fazer atividades” ao invés de colocar a tecnologia para “fazer atividades por nós”?