Nesse episódio faremos uma leitura inovadora em Berachót 7:1 em que as explicações talmúdicas sobre o "justo que se dá mal" e o "perverso que se dá bem" são entendidas de forma bastante imprevista. Por esse novo caminho, as perguntas de outrora são desfeitas em favor de novas perguntas que surgem em seu lugar. 

RESPOSTA 1 Deus respondeu a ele: “Moisés, o ‘justo que se dá bem’ é o ‘justo filho de justo’, e o ‘justo que se dá mal’ é o ‘justo filho do perverso’; o ‘perverso que se dá bem’ é o ‘perverso filho do justo’’, e o ‘perverso que se dá mal’ é o perverso ‘filho do perverso’”.

[Pergunta o Talmude:] Mas será que é assim? Sabemos que está escrito (Êxodo 34) “E lembra o pecado dos pais contra os filhos” e isso foi contradito com o que foi escrito (Deuteronômio 24) “E os filhos não serão mortos pelos pecados dos pais” e a resposta é que não há contradição, que um [o versículo que penaliza os filhos pelos pecados dos pais] incide quando os filhos mantém os hábitos dos pais, e que o outro [versículo que isenta os filhos pelos pecados dos pais] incide quando os filhos não seguem o pecado dos pais]. [De tudo isso não se entende por que Deus respondeu ao Moisés que o ‘justo que se dá mal’ é aquele que é um ‘justo filho de perverso’ uma vez que Deus não penaliza os filhos pelos pecados dos pais.]

RESPOSTA 2 Portanto, isso é o que foi dito [por Deus]: ‘O ‘justo que se dá bem’ é aquele que é um ‘justo completo’, o ‘justo que se dá mal’ é o ‘justo incompleto’; o ‘perverso que se dá bem’ é o ‘perverso incompleto’ e o ‘perverso que se dá mal’ é o ‘perverso completo’”.