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A GUERRA CONTRA OS LIVROS E A MAÇONARIA


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Pelo irmão Charles W. Plummer

A ideologia nazista sob Adolph Hitler era totalitária, baseada no desejo de controlar todos os aspectos da vida dos cidadãos alemães. Em certo sentido, foi um movimento anti-intelectual e ateórico por design, pois sua intenção era criar um novo tipo de ser intelectual que baseasse seus valores em sua nação e raça, enfatizando a vontade de Hitler como a única fonte de inspiração para o povo e a nação. Por ser um movimento ateórico, não se baseava na teoria nem se preocupava com a teoria.

Os nazistas não desaprovavam professores, pesquisadores e bibliotecários; em vez disso, eles queriam que eles criassem o que poderia ser descrito como “um exército de guerreiros intelectuais e ideológicos que fariam guerra contra os inimigos do nacional-socialismo”.

Temendo que os livros fossem um inimigo, os nazistas realizaram o que foi descrito como “o maior roubo de livros da história”. Milhões de livros de bibliotecas públicas e pessoais foram confiscados. Aqueles que não foram queimados foram enviados para unidades de armazenamento em Berlim e em toda a Alemanha e outras áreas sob controle alemão. Milhões de livros foram retirados de ordens maçônicas alemãs que foram forçadas a se desfazer após a ascensão dos nazistas ao poder. Em 1936, as SS acumularam uma coleção de 500.000 a 600.000 livros somente de ordens maçônicas alemãs. É interessante notar que no final da guerra um prédio confiscado de uma das lojas maçônicas de Berlim estava cheio de livros roubados de toda a Europa. Também é interessante notar que os alvos da pilhagem de livros eram aqueles considerados inimigos ideológicos do Terceiro Reich. Além dos maçons, incluíam judeus, comunistas, católicos, críticos do regime, eslavos e outros.

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Malhete PodcastBy Luiz Sérgio F. Castro