• IBM: Uma Odisseia Centenária: A IBM, ou "Big Blue", protagonista das revoluções digitais, de máquinas de tabulação à IA e computação quântica, é um conto épico de visão e engenhosidade.
• Raízes do Império: Em 1911, a Computing-Tabulating-Recording Company (CTR) nasceu da fusão de empresas, incluindo a de Herman Hollerith (máquinas de tabulação por cartões perfurados), sob a visão de Charles Ranlett Flint. Seu portfólio diversificado garantia estabilidade.
• Liderança de Thomas J. Watson Sr.: Em 1914, Watson Sr. transformou a CTR, focando no respeito aos funcionários e excelência. Renomeada IBM em 1924, a empresa prosperou na Grande Depressão e expandiu-se globalmente, inaugurando a primeira filial no Brasil em 1917.
• Cartões a Mainframes: Nas décadas de 1920-1930, a IBM liderou em cartões perfurados (série IBM 400). A transição para eletrônica incluiu o IBM 604 (1948) e RAMAC 305 (1956), pioneiro em disco. Em 1956, Arthur L. Samuel fez a primeira demonstração de IA com o IBM 704.
• O Revolucionário IBM 1401 (1959): O IBM 1401 foi um mainframe transistorizado versátil, tornando-se o computador mais popular do início dos anos 60. Seus componentes incluíam a Unidade de Processamento, Leitora/Perfuradora 1402 e a inovadora Impressora 1403. Vendeu mais de 10.000 unidades, abrindo o processamento eletrônico para muitos e preparando o terreno para o System/360.
• Revolução System/360 (1964): O IBM System/360 redefiniu a computação com compatibilidade de software entre modelos, consolidando o domínio da IBM por 20 anos. Ele processou dados para o pouso lunar e impulsionou a linguagem FORTRAN.
• O PC e a Era Individual (1981): O IBM Personal Computer (IBM 5150) democratizou o acesso aos computadores e o disquete se tornou o meio de armazenamento preferido.
• Aliança com Microsoft: Em 1980, a IBM licenciou o DOS da Microsoft para seu PC. A Microsoft manteve os direitos, permitindo a clonagem do IBM PC, impulsionando seu império e levando à deterioração da parceria.
• Declínio e Reestruturações: Nos anos 80-90, a fatia de mercado da IBM em PCs caiu drasticamente devido à concorrência e burocracia. Em 2005, a IBM vendeu sua divisão de PCs para a Lenovo, focando em software e serviços empresariais.
• Pioneirismo em IA Contínuo: A IBM inovou em IA com Deep Blue (1997) e Watson (2011), que venceu no "Jeopardy!" e auxilia na medicina e debates. A IA da IBM também personaliza a educação e expande capacidades humanas (carros autônomos, robótica). Machine Learning e IA transformam o trabalho, criando novas oportunidades e com foco em alinhar objetivos da IA com os humanos para um futuro inspirador.
• IBM Hoje: Liderança e Estratégia: Atualmente, a IBM é líder em nuvem híbrida e IA (watsonx, Red Hat OpenShift). Gerou US$ 61.9 bilhões em receita em 2023, principalmente de software e consultoria. Investe em computação quântica e sustentabilidade.
• Controvérsias e Lições: A IBM enfrentou controvérsias (colaboração com a Alemanha Nazista, questões trabalhistas no Brasil, viés algorítmico). Produtos como OS/2 e IBM Simon falharam.
• Perspectivas Futuras e Conclusão: A IBM se dividiu em Kyndryl e uma "nova" IBM (nuvem e IA) para agilizar. Apesar da competição, sua solidez e inovação contínua são cruciais. A IBM é uma narrativa de reinvenção e liderança tecnológica, moldando a era da informação e exemplificando a complexidade da longevidade empresarial.

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